SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Luis Zubeldía comemorou que o gol da classificação do São Paulo sobre o Novorizontino foi feito em contra-ataque. A reação do técnico pode ser uma pista da estratégia que o Tricolor adotará na semifinal do Paulistão, contra o Palmeiras, na casa do rival.
ENCANTADO COM O CONTRA-ATAQUE
Zubeldía se deleitou com a jogada decisiva: “Me encanta marcar em contra-ataque”. O único gol do duelo das quartas de final saiu de lance que começou com roubada de bola de Enzo Díaz no campo de defesa, passou por lançamento milimétrico de Oscar para Lucas e terminou com Calleri só empurrando para a rede.
O argentino destacou que o gol de contra-ataque foi a melhor notícia da partida. O Tricolor pressionava o Novorizontino, mas encontrava dificuldade para conseguir furar a defesa adversária. Até o lance protagonizado aos 17 minutos do segundo tempo, que explodiu o Morumbis e aliviou a pressão sobre o time da casa.
“Me encanta [gol de contra-ataque]. Para mim, a melhor notícia é que fizemos um gol de contra-ataque, porque todos os times se fecham bem. O time com o Lucas centralizado, ao menos nesse momento, me permite ter um bom contra-ataque. Depois, a outra maneira é um gol de bola parada… Contra o São Bernardo, demos 22 passes para fazer um gol”, disse Zubeldía, após a vitória sobre o Novorizontino.
A jogada completou o leque ofensivo do São Paulo no ano, já que o time ainda não havia marcado em contra-ataque. Ao todo, o Tricolor balançou a rede 19 vezes nesta temporada, na maioria a partir de bolas paradas, em lances trabalhados de trocas de passes ou ligações diretas.
“Acho que um time precisa manejar bem o contra-ataque, não só dar muitos toques para fazer o gol. É uma boa notícia. Estamos fazendo gols de bola parada, gols em boas jogadas, e agora fizemos um gol de contra-ataque. Então, isso é uma boa notícia. Depois, tínhamos de defender melhor, mas nos últimos jogos fomos bem.”
ESTRATÉGIA DA VEZ?
O contra-ataque desponta como uma viável arma do São Paulo na semi contra o Palmeiras. O duelo, que gerou uma guerra fria nos bastidores pela polêmica da data, será disputado no estádio palmeirense na próxima segunda-feira, dia 10. O Alviverde tem a vantagem do mando de campo por ter campanha superior no torneio.
O time comandado por Abel Ferreira costuma encurralar os adversários jogando em casa e foi assim no Choque-Rei sem gols da fase de grupos. O Palmeiras controlou a posse da bola e pressionou o retrancado Tricolor, que não conseguiu ser efetivo nos contragolpes. Foram 15 chutes do lado verde contra quatro do São Paulo, de acordo com dados da plataforma Sofascore.
Além da possível estratégia, o São Paulo vai enfrentar um Palmeiras que não é tão letal no seu sintético como foi em 2024. Neste ano, o Alviverde conquistou apenas 50% dos pontos disputados no Allianz (duas vitórias, três empates e uma derrota). Já na última temporada, o aproveitamento do time como mandante na casa verde foi de 78,2% (19 vitórias, quatro empates e três derrotas).