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Trump justifica taxação do aço brasileiro pelo aumento da importação da China

O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, justificou a taxação ao aço importado do Brasil em 25% pelo aumento da compra do produto da China pelo país. A ordem executiva que impôs a tarifa não será retaliada pelo governo brasileiro neste momento, de acordo com o que foi definido nesta terça (11).

“As importações brasileiras de países com níveis significativos de sobrecapacidade, especificamente a China, cresceram tremendamente nos últimos anos, mais do que triplicando desde a instituição deste acordo de cotas”, diz trecho da ordem executiva assinada por Trump na segunda (10).

O governo americano argumenta que nações beneficiadas por exceções às tarifas impostas durante o primeiro mandato de Trump passaram a importar mais aço da China, maior exportadora mundial, enquanto direcionavam sua própria produção para os Estados Unidos.

“As exportações de aço da China aumentaram recentemente, ultrapassando 114 milhões de toneladas métricas até novembro de 2024, deslocando a produção de outros países e forçando-os a exportar volumes maiores de artigos de aço e artigos derivados de aço para os Estados Unidos”, segue Trump no documento.

O impacto direto seria a perda de espaço da indústria siderúrgica americana, o que, segundo Trump, configura risco à segurança nacional. O Instituto Aço Brasil, que representa o segmento no país, recebeu com surpresa a decisão e destacou que o país cumpriu integralmente as cotas estabelecidas em 2018.

Na época, os governos negociaram um limite de 3,5 milhões de toneladas para exportação de semiacabados e 687 mil toneladas de laminados. A medida atendeu tanto ao Brasil, que manteve acesso ao seu principal mercado externo, quanto à indústria americana, dependente das placas brasileiras.

Em 2024, os Estados Unidos importaram 5,6 milhões de toneladas de placas para suprir sua demanda interna, das quais 3,4 milhões vieram do Brasil.

“Estados Unidos e Brasil detêm parceria comercial de longa data, que vem sendo, historicamente, favorável ao primeiro. Nos últimos cinco anos, os Estados Unidos tiveram superávit comercial médio de US$ 6 bilhões”, pontuou o Instituto.

Ainda de acordo com a entidade, no setor de aço, carvão e máquinas, o comércio bilateral movimenta US$ 7,6 bilhões, com saldo positivo de US$ 3 bilhões para os americanos.

“A taxação de 25% sobre os produtos de aço brasileiros não será benéfica para ambas as partes”, seguiu afirmando que espera que os governos retomem o diálogo para restabelecer os termos do acordo de 2018.

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