O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que seu governo está revertendo as concessões feitas pelo ex-presidente Joe Biden (2021-2025) ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, especificamente em relação ao acordo de transações petrolíferas firmado em 26 de novembro de 2022. A decisão também inclui medidas sobre compromissos eleitorais acordados em 2023 com o regime chavista e o retorno de criminosos venezuelanos que entraram ilegalmente nos EUA.
“Estamos, por meio desta, revertendo as concessões que o corrupto Joe Biden deu a Nicolás Maduro, da Venezuela, no acordo de transação de petróleo, datado de 26 de novembro de 2022, e também no que diz respeito às condições eleitorais dentro da Venezuela, que não foram cumpridas pelo regime de Maduro”, afirmou Trump em uma postagem em sua rede social, a Truth Social.
Segundo informações da agência Reuters, a concessão mencionada pelo presidente foi autorizada por Biden e permitiu que a petroleira americana Chevron expandisse sua produção na Venezuela e exportasse petróleo para os EUA. Na época, essa foi a única licença emitida pelo governo democrata para atividades petrolíferas no país sul-americano.
Além da questão do petróleo, Trump também citou a falta de ação do regime chavista no cumprimento de outro compromisso: a deportação de criminosos venezuelanos que entraram ilegalmente nos EUA.
“O regime não tem transportado os criminosos violentos que enviaram para o nosso país (o bom e velho EUA) de volta à Venezuela no ritmo acelerado que haviam concordado”, acrescentou.
Diante desse cenário, Trump declarou que está encerrando a concessão feita por Biden e que não permitirá a renovação da licença que ocorreria em 1º de março.
“Estou, portanto, ordenando que o ineficaz e descumprido ‘Acordo de Concessão’ de Biden seja encerrado a partir da opção de renovação em 1º de março. Obrigado pela atenção a este assunto!”, concluiu.
O regime de Maduro, que ao longo dos anos tem sido alvo de sanções econômicas devido à violação de direitos humanos e à repressão política na Venezuela, tem rejeitado essas medidas, classificando as sanções como parte de uma “guerra econômica” promovida pelos EUA.