O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, organizou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), na Casa Branca, ocasião na qual confirmou que não há sobreviventes do acidente aéreo envolvendo um avião comercial e um helicóptero militar em Washington, D.C.
“A operação agora é alterada para uma missão de recuperação. Lamentavelmente, não há sobreviventes”, disse o mandatário republicano.
O avião comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle, subsidiária regional da American Airlines, transportava 64 pessoas, entre as vítimas estava um grupo de 14 atletas, treinadores e familiares ligados à patinação artística. Eles voltavam de Wichita, no Kansas, onde o Campeonato de Patinação Artística dos Estados Unidos foi realizado entre os dias 20 e 26 de janeiro.
Já o helicóptero militar Black Hawk transportava três pessoas a bordo.
Após as atualizações sobre o acidente, Trump anunciou que nomeará Chris Rocheleau, um veterano de 22 anos da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), como comissário interino em tempo integral, cargo que precisará de confirmação do Senado.
Queda de helicóptero aconteceu durante treinamento, diz Pentágono
O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, disse nesta quinta-feira que o helicóptero que caiu em Washington realizava um voo de treinamento quando colidiu com o avião comercial. Segundo o integrante do governo Trump, a tripulação a bordo era “bastante experiente”.
Em um vídeo divulgado pelo Departamento de Defesa no X, Hegseth explica que o helicóptero estava realizando um “voo anual de treinamento de proficiência” quando colidiu no ar com a aeronave.
“Eles eram uma tripulação bastante experiente que estava completando uma avaliação noturna anual obrigatória”, disse Hegseth, ao afirmar que eles estavam portando óculos de visão noturna, embora não se saiba se estavam usando-os no momento do acidente.
Mais cedo nesta quinta-feira, as autoridades descartaram que haja sobreviventes da tragédia. O chefe dos Bombeiros e dos Serviços de Emergência de Washington, John Donnelly, disse que mais de 30 corpos já foram removidos e agora “a operação de busca e resgate se tornou uma de recuperação”.
O acidente aéreo desta quarta-feira é considerado o mais letal em quase 24 anos nos EUA, desde 2001. No momento do acidente, as condições meteorológicas em Washington eram ótimas, com céu limpo e sem ventos fortes.
Os áudios das comunicações de rádio com a torre de controle mostram que os controladores avisaram o helicóptero sobre o tráfego nas proximidades e para ficar atento ao avião comercial.
No momento do acidente, a temperatura da água era de 4º e ainda havia placas de gelo em algumas áreas do rio, o que dificultou os esforços de resgate. A causa da tragédia ainda não foi descoberta.
Secretário de Transportes diz que acidente era “evitável”
O secretário de Transportes escolhido por Trump, Sean Duffy, afirmou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30) que não havia alterações no plano de voo e na rota do helicóptero militar antes do acidente. “As trajetórias de voo do avião e do helicóptero não eram incomuns para o que acontece no espaço aéreo de DC”, disse Duffy.
O secretário de Transportes dos Estados Unidos ainda pontuou que não houve nenhuma falha na comunicação entre o helicóptero, o avião e a torre de controle de tráfego aéreo, despertando novas dúvidas sobre o que pode ter acontecido minutos antes da tragédia.
Duffy encerrou a coletiva dizendo que considera que o acidente poderia ser evitado. “Eu acho que era absolutamente evitável”, declarou.