O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (6) ordens executivas para impor sanções contra integrantes do Tribunal Penal Internacional (TPI) e para a criação de uma força-tarefa para enfrentar o que chamou de “viés anticristão” dentro do governo americano.
Em novembro, a corte de Haia emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa do país Yoav Gallant e um líder do grupo terrorista Hamas por supostos crimes de guerra e contra a humanidade no atual conflito na Faixa de Gaza.
Segundo informações da BBC, a ordem executiva impõe restrições financeiras e de visto a membros do TPI envolvidos em investigações sobre cidadãos americanos ou de países aliados e a familiares desses integrantes da corte.
No documento, Trump alegou que o TPI adotou uma “equivalência moral vergonhosa” entre o Hamas e Israel, que estaria sofrendo restrições ao seu direito à autodefesa, enquanto o Irã e grupos terroristas não receberiam o mesmo tratamento.
Os Estados Unidos, assim como Israel, não são signatários do Estatuto de Roma, que criou o TPI, e, portanto, não reconhecem a jurisdição do tribunal.
A Câmara dos Estados Unidos já havia aprovado sanções contra membros do TPI, mas os democratas impediram que o projeto avançasse no Senado.
À época da aprovação das sanções na Câmara, o TPI afirmou que “lamenta qualquer tentativa de minar a independência, integridade e imparcialidade do tribunal”.
Em outra ordem executiva, Trump determinou a criação de uma força-tarefa para “erradicar o preconceito anticristão” dentro do governo federal americano.
“Minha administração não tolerará a instrumentalização anticristã do governo ou conduta ilegal visando cristãos. A lei protege a liberdade dos americanos e grupos de americanos de praticar sua fé em paz, e minha administração aplicará a lei e protegerá essas liberdades”, disse Trump, segundo informações da CNN.
“Minha administração garantirá que qualquer conduta, política ou prática ilegal e imprópria que tenha como alvo cristãos seja identificada, encerrada e retificada”, acrescentou.