O Corinthians fez valer o peso de sua torcida, que lotou a Neo Química Arena na final do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, bateu recorde de público e se sagrou campeão estadual, encerrando um jejum de seis anos, já que o último título Alvinegro havia sido em 2019.
A conquista confirma uma tendência que se repete na decisão estadual nos últimos anos: o fator casa no jogo decisivo. Lembrando que no Paulistão, o time de melhor campanha tem o benefício de decidir os confrontos dentro de seu domínio.
Historicamente, a equipe que joga a partida decisiva em casa tem ampla vantagem na busca pelo troféu. Foi assim com o Palmeiras em 2022, 2023 e 2024. Nas ocasiões, o Alviverde foi derrotado na primeira partida, mas conseguiu reverter dentro do Allianz Parque. Antes disso, o São Paulo conseguiu o mesmo em 2021, assim como o Palmeiras de 2020 e o Corinthians de 2019.
A última vez que um mandante não conseguiu erguer a taça ocorreu em 2018, quando o Palmeiras, atuando no Allianz Parque, foi derrotado nos pênaltis justamente pelo Corinthians. Naquela decisão, o Alviverde bateu o rival em Itaquera no jogo de ida, mas perdeu dentro de seus domínios e caiu também na disputa de pênaltis.
Antes disso, um caso semelhante aconteceu em 2014, quando o Ituano surpreendeu o Santos no Pacaembu e sagrou-se campeão paulista.
Em São Paulo, essa disparidade aumentou gradativamente nos últimos anos, em que nos clássicos, apenas o time mandante pode contar com seus torcedores. Além do apoio das arquibancadas, a familiaridade com o gramado e as condições do estádio parecem fazer a diferença em confrontos de alto nível, como uma final de campeonato.
Nesta quinta, os 48.932 torcedores do Corinthians que lotaram a Neo Química Arena, voltaram a gritar ”é campeão” depois de seis anos.