Data e Hora

TCU abre auditoria sobre perda de R$ 14 bilhões na Previ

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, com urgência, o pedido do ministro Walton Alencar Rodrigues para abertura de uma auditoria para analisar a perda de R$ 14 bilhões na Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

De acordo com o ministro Walton Alencar, “os resultados obtidos em 2024 dão causa a gravíssimas preocupações”.

Os dados obtidos pelo ministro a partir da divulgação pública dos registros da Previ mostram um resultado negativo no Plano 1 do fundo de pensão, entre janeiro e novembro do ano passado.

Nos anos anteriores, em 2023 e 2022, o resultado para o mesmo período foi positivo em R$ 5,6 bilhões e R$ 5 bilhões, respectivamente.

O Plano 1 trata-se do plano de Previdência complementar dos funcionários do Banco do Brasil admitidos até dezembro de 1997.

Em novembro do ano passado, o fundo tinha cerca de R$ 228 bilhões em investimentos, dos quais R$ 143 bilhões (62,5%) estão alocados em renda fixa e 27,8% em renda variável.

“O fato é seríssimo, elevando os riscos dos segurados do Banco do Brasil. Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual dos planos da Previ. No ano passado, o desempenho foi substancialmente menor para quase todas as classes de investimento, renda fixa, renda variável, ativos, imobiliários e investimentos estruturados”, disse Walton Alencar durante a sessão plenária do TCU desta quarta-feira (5).

Ainda, segundo o ministro, “há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados”.

O pedido foi aprovado pelo presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo Filho, que determinou a abertura da auditoria. 

O que diz a Previ

Na noite da quarta-feira (5), a Previ emitiu uma nota informando que não comentaria sobre a decisão do TCU, mas questionou o fato de a perda dos R$ 14 bilhões em 2024 está sendo tratada como “prejuízo” pela imprensa.

Segundo a Previ, “o déficit de um determinado período não pode ser confundido com prejuízo. São conceitos bem distintos”.

A Previ ainda destacou que “não precisou vender nenhum ativo em 2024 para recompor suas reservas ou cumprir com suas obrigações” e “segue saudável pagando mais de R$ 16 bilhões em benefícios por ano, inclusive com recursos oriundos de dividendos das empresas que possui em seu portfólio”. 

De acordo com a entidade, apesar da perda no ano de 2024, os planos “continuam em equilíbrio” por causa do resultado de 2023.

“Não há, portanto, nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil”, afirmou a Previ.

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