Os ditadores da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, reafirmaram em uma conversa telefônica, divulgada nesta segunda-feira (24), uma parceria bilateral “abrangente e de longo prazo”, no dia que marca o terceiro ano da invasão de Moscou à Ucrânia.
Segundo o regime de Pequim, os dois países tiveram uma “troca completa de pontos de vista sobre questões atuais relativas ao desenvolvimento da parceria abrangente” e da cooperação estratégica.
Durante a conversa, Xi e Putin discutiram maneiras de expandir ainda mais a cooperação “mutuamente benéfica” em economia e comércio, investimento, cultura, educação e esportes, segundo informações da imprensa estatal chinesa.
Ainda, o ditador de Pequim enfatizou que “as relações China-Rússia têm uma forte força motriz interna e valor estratégico único, e não são direcionadas a, nem são influenciadas por, nenhuma terceira parte”, declaração que pode se referir ao contato do governo americano, de Donald Trump, com a Rússia para negociar o fim da guerra da Ucrânia.
No último dia 18, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, já havia esclarecido ao Conselho de Segurança da ONU que seu país “apoia todos os esforços de paz” para resolver a guerra na Ucrânia, enquanto Washington e Moscou mantêm negociações na Arábia Saudita para esse fim, mas sem incluir Kiev e a Europa.
Os países também confirmaram uma agenda para os próximos meses com autoridades de alto nível, como as celebrações que marcam o 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica de 1941-1945, em Moscou; a próxima cúpula da Organização de Cooperação de Xangai; e as festividades a serem realizadas em Pequim marcando o 80º aniversário da vitória sobre o Japão e o fim da Segunda Guerra Mundial.