O Bahia vem fazendo história em seu início de campanha na CONMEBOL Libertadores. Encerrada a primeira metade da fase de grupos, o time é líder do grupo da morte, com sete pontos.
Após vitória sobre o Atlético Nacional, porém, o técnico Rogério Ceni adotou a postura de manter os pés no chão, freando a empolgação sobre os resultados e citando as últimas rodadas fora de casa antes de cravar a classificação.
“O pote 4 tem três jogos em casa nas quatro primeiras rodadas. O pote 1 é o oposto. É natural que, por jogar em casa, se você tem uma equipe minimamente competitiva, você tem chance de estar na frente. Mas nos dois jogos finais, quando se decide, o mesmo para o Inter, com o último jogo em casa, ao final das seis rodadas é uma vantagem”, disse.
“Não é o lógico da competição, é muito difícil vencer fora de casa, mas nós dependeremos de pontos nas últimas duas rodadas, o que acarreta uma dificuldade. Às vezes temos uma ilusão momentânea, os sete pontos, mas ainda tem um longo caminho”, seguiu.
“Quem dera a gente poder vencer e não precisar de pontos nas duas rodadas finais. Acho difícil que a gente vá para a quinta rodada sem precisar minimamente de um ponto para classificar, isso vai ser uma dificuldade do pote 4 contra dois times de altíssimo nível”, completou.
O treinador ainda falou sobre o desgaste que sua equipe vem sofrendo nas últimas semanas e citou até mesmo Phil Jackson, um dos maiores treinadores da história da NBA, para falar sobre a necessidade de se manter o foco depois de grandes vitórias.
“Phil Jackson, técnico de basquete da época que eu assistia por causa do Michael Jordan, dizia que depois que acabasse a última taça de champanhe era preciso voltar ao campo de batalha e começar tudo de novo. E o futebol, como no basquete, é efêmero. Nós, infelizmente, vamos ter que competir muito, vocês sabem como é difícil o Palmeiras, o Botafogo, nós estamos em recuperação, deixamos de pontuar em duas ocasiões em casa”, afirmou.
“Nós sabemos que o fator casa é determinante para se manter na primeira divisão e chegar em uma competição Internacional. Mas não podemos abandonar uma Libertadores depois de lutar tanto para chegar nela. Você tem que fazer o seu melhor, vai jogar contra o Palmeiras e, se não fizer o mesmo esforço, não vai conseguir vencer, continuou.
“Tem que levar a análise de desempenho, cansaço… principalmente no setor defensivo temos que olhar com mais cuidado. Nossos jogadores estão no limite, não podemos deixar que eles saiam por lesão. A partir de amanhã, esse jogo de hoje não vai gerar facilidades no próximo jogo. É um jogo pesado também contra o Palmeiras”, finalizou.