A refém britânica-israelense Emily Damari, libertada na primeira fase do cessar-fogo entre Israel e grupos terroristas palestinos como o Hamas em Gaza, disse nesta sexta-feira (31) ao primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, que ficou em cativeiro durante 15 meses em um prédio das Nações Unidas e que não recebeu tratamento médico durante esse período.
Starmer teve uma conversa telefônica com Damari, de 28 anos, e sua mãe, Mandy, que fez uma postagem a respeito na rede social X.
“O Hamas manteve Emily em instalações da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) e lhe negou acesso a tratamento médico depois de atirar nela duas vezes. É um milagre que ela tenha sobrevivido, e precisamos ajudar os reféns restantes agora”, escreveu.
Mãe e filha agradeceram a Starmer por sua ajuda para garantir a libertação de Damari. Elas também pediram ao premiê britânico que pressione pelo “acesso da Cruz Vermelha aos reféns que ainda estão em Gaza”.
Damari foi sequestrada em 7 de outubro de 2023 por terroristas do Hamas, que atiraram em sua mão e perna e mataram seu cachorro durante o ataque que realizavam contra Israel, o que desencadeou a operação israelense em Gaza para destruir o grupo terrorista.
Em 19 de janeiro, ela foi uma das três primeiras pessoas libertadas pelo Hamas após o recente acordo de cessar-fogo em Gaza, juntamente com Romi Gonen, de 24 anos, e Doron Steinbrecher, de 31.
A diretora de comunicações da UNRWA, Juliette Touma, disse à emissora BBC Radio 4 nesta sexta-feira que o órgão tem pedido repetidamente “investigações independentes” sobre o uso indevido das instalações da ONU por terroristas palestinos, incluindo o Hamas.