O Real Madrid perdeu a paciência com a arbitragem espanhola após a derrota para o Espanyol, por 1 a 0, no último sábado (1), e enviou um protesto formal à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
No Estádio Cornellà-El Prat, o Real chegou a abrir o placar com Vinicius Jr., mas o gol foi anulado depois do árbitro ser chamado pelo VAR para ver falta de Kylian Mbappé fora do lance. Já no segundo tempo, o francês sofreu uma entrada dura de Carlos Romero, que só recebeu cartão amarelo. O lateral faria o gol do Espanyol nos minutos finais.
Em carta enviada à RFEF nesta segunda-feira (3), o Real fala em “atuação escandalosa” do árbitro e do VAR na partida diante do Espanyol e exigiu a entrega imediata dos áudios da equipe de arbitragem referentes as duas jogadas.
Mas o clube não parou por aí e cobrou “uma reforma estrutural que evite que estes acontecimentos se reproduzam continuamente, como tem acontecido repetidamente em detrimento do Real Madrid e da integridade do campeonato”.
“Este escândalo de arbitragem não é um caso isolado. O sistema de arbitragem espanhol é completamente defeituoso e estruturalmente projetado para se proteger, com o apoio dos Comitês Disciplinares dependentes da própria RFEF, que recusam sistematicamente para sancionar árbitros, modificar sanções arbitrárias e, em última análise, manter um sistema que já foi descrito como fraudulento pela própria empresa”, diz o clube em parte da carta.
“Os graves problemas estruturais da arbitragem espanhola tornaram-se evidentes em últimos anos, com revelações que revelaram práticas incompatíveis com a transparência e a imparcialidade que devem reger a competição”, completa.
Logo depois da partida, o jornal espanhol Marca criticou o VAR por não ter chamado o árbitro depois da entrada de Carlos Romero em Mbappé.
A derrota para o Espanyol fez o Real Madrid estacionar nos 49 pontos e “perder a gordura” na liderança. O Atlético de Madrid, que venceu o Mallorca por 2 a 0, chegou a 48. O Barcelona está em 3º, com 45.
