O Corinthians se classificou à 3ª fase da CONMEBOL Libertadores, ao ganhar da Universidad Central, da Venezuela, por 3 a 2, na Neo Química Arena, mas a atuação da defesa voltou a preocupar o torcedor alvinegro.
Na noite desta quarta-feira (26), o modesto adversário marcou dois gols e criou oportunidades para mais, mas esbarrou em boas defesas de Hugo Souza.
Em 14 jogos na temporada, o Corinthians só não vazado em três deles – contra Ponte Preta, Novorizontino e São Bernardo, no Paulistão – e sofreu 16 gols. Os números, porém, não incomodam o técnico Ramón Díaz.
“Se a torcida e o jornalismo querem, eu soluciono os problemas de defensivos em 20 segundos. Me defendo. Mas estamos em um clube que da metade do campo para frente, temos que arriscar. Temos que jogar, temos que atacar. Temos características de jogadores como Carillo. O único jogador com características defensivas é o volante central. Depois Breno é de ataque, Yuri é de ataque, Memphis é de ataque, Garro… Para mim seria muito fácil tirá-los e armar o time defensivamente, com outras características, mas não é o que eu sinto. Não é o que necessita o Corinthians”, disse Ramón Díaz.
“Para crescer, é preciso arriscar e isso se pode corrigir muito facilmente. Mas as pessoas não vão gostar se ficamos na defensiva, se não atacamos, se não marcamos gols. Vamos encontrar um equilíbrio, quando temos que atacar, quando temos que defender, porque são pontos muito importantes para nós e o clube. Isso vamos tentar corrigir. Que não sejamos muito abertos, hoje o Bidu passou 30 vezes ao ataque, Matheuzinho passou 30 vezes ao ataque, jogam quase como pontas. Para mim seria fácil pedir que não fossem para o ataque, mas nós precisávamos ganhar, precisávamos arriscar”, completou.
O treinador enalteceu as opções que tem em mãos. A defesa titular do Timão é formada por André Ramalho e João Pedro Tchoca, enquanto Félix Torres e Cacá são as outras opções. Já Gustavo Henrique foi desfalque no início do ano por questões físicas e voltou a ser relacionado nas últimas duas partidas, contra Guarani e Universidad Central.
“Nunca falamos de contratar um zagueiro. Presidente falou? É? Em nenhum momento se falou… Temos cinco zagueiros. Cinco. Por que temos que gastar dinheiro em um zagueiro quando se tem cinco? Há que melhorar, há pressão, mas em momento nenhum você ouviu eu dizer que preciso de zagueiro”, afirmou Ramón Díaz.