O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (13) que o ditador da Rússia, Vladimir Putin, estaria aberto a receber o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Moscou para a celebração do Dia da Vitória, comemorado em 9 de maio. A data marca a rendição da Alemanha Nazista à União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
De acordo com informações da agência estatal de notícias russa Tass, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Putin “ficaria satisfeito” em receber líderes mundiais para o evento, incluindo Trump, caso ele decida comparecer.
“Este dia simboliza a derrota do nazismo. E, infelizmente, este tema é mais relevante do que nunca. Se alguns países, particularmente os maiores, decidirem compartilhar a alegria dessa vitória conosco e celebrar esse dia conosco, nós – e especialmente o presidente Putin – ficaremos felizes em recebê-los em Moscou”, declarou Peskov.
A declaração ocorre após uma conversa telefônica entre Putin e Trump, realizada nesta quarta-feira (12). Segundo o Kremlin, o diálogo foi “construtivo, positivo e amigável”, com ambos os líderes expressando o desejo de “reverter os danos causados” pelo governo democrata de Joe Biden (2021-2025) nas relações entre os dois países.
Peskov enfatizou que os dois presidentes concordaram que o estado atual das relações bilaterais “provavelmente não está no interesse nem da Rússia nem dos Estados Unidos”. Além disso, a conversa abordou a guerra na Ucrânia e a possibilidade de um encontro presencial no futuro.
Segundo a Tass, Peskov voltou a afirmar nesta quinta-feira que qualquer tentativa de resolver a situação no leste europeu deve considerar as “preocupações de segurança da Rússia”.
“A questão da segurança da Rússia é uma das principais preocupações do nosso país. Esse foi o motivo que levou a essas contradições, que tanto os europeus quanto os americanos se recusaram a resolver por meio do diálogo, forçando a Rússia a iniciar uma operação militar especial”, disse Peskov.
O porta-voz ressaltou que tanto Trump quanto Putin concordaram na conversa que tiveram nesta quarta-feira que “os problemas podem e devem ser resolvidos por meio do diálogo” e que a guerra na Ucrânia “pode e deve ser resolvida através de negociações de paz”.