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PSDB ficou “pequeno” por “equívocos” do passado, reconhece dirigente tucano

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, reconheceu nesta terça (11) que equívocos do passado fizeram o partido ficar “pequeno” a ponto de estar à beira da extinção. A legenda decide ao longo deste mês de fevereiro se tenta se manter em pé com uma bancada menor no Congresso ou se funde com outra, possivelmente com o PSD, que está com conversas mais avançadas.

Os dois partidos vêm negociando uma fusão ou incorporação desde meados do final do ano passado, mas também há conversas com o MDB e o Republicanos.

“Temos conversado sobre o que é melhor do ponto de vista de fusão ou incorporação. Pra muitos, o ideal seria a gente continuar solo, o PSDB mantendo as nossas bandeiras, nosso ideário, o nosso programa. Mas, a gente ficou pequeno por conta de uma série de equívocos ocorridos tempos anteriores e também pela longevidade”, disse o dirigente tucano em entrevista à GloboNews.

Marconi Perillo explica que, desde que se encerrou o governo de Fernando Henrique Cardoso em 2002, o partido se sustentou no legado do ex-presidente. No entanto, após a eleição de 2018 – vencida por Jair Bolsonaro (então no PSL) – o PSDB tomou rumos que o levou ao maior equívoco da carreira: o de deixar de lançar um candidato na eleição presidencial seguinde.

“Houve equívocos [nesse tempo], deixarmos de lançar candidatura própria à presidência da República em 2022, na minha opinião foi o maior erro. Quando o [João] Doria desistiu, defendi ferramente (sic) que o Eduardo Leite voltasse pro jogo e fosse candidato a presidente para defender o nosso projeto de poder”, pontuou.

O dirigente tucano também reconheceu como erro que, em 2018, “que foi batermos só no Bolsonaro, a gente tinha também que ter protagonizado a discussão com o PT, que sempre foi o adversário tradicional nosso”.

No entanto, o PSDB minguou nas últimas eleições e hoje conta com apenas três senadores e 18 deputados através da federação que fez com o Cidadania. Por conta disso, Perillo diz que estuda a fusão ou incorporação com outras legendas, e que conversou com todos os presidentes dos partidos – exceto PT e PL, que ele considera como extremos.

Para ele, o PSDB ocupa o chamado “centro democrático” com programas econômicos mais liberais junto de sociais mais consistentes.

“Hoje algumas lideranças importantes desejam que façamos uma fusão, eu diria que boa parte do partido não quer incorporação, acha que o partido não deveria morrer. Ou se fizermos uma fusão, a gente pode manter todo o nosso ideário, discutir um novo projeto e programa do centro-democrático saindo dessa polarização entre extrema-direita e extrema-esquerda”, pontuou.

Marconi Perillo também reconheceu que, após a Operação Lava Jato e as eleições de 2018, o PSDB não teve tanta força como o PT para se reabilitar na política, por conta da própria base de criação dos partidos. Enquanto os tucanos surgiram dentro do próprio Congresso como uma dissidência do MDB, o PT nasceu do movimento sindical e manteve a militância aliada.

República

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