O Partido da Causa Operária (PCO) divulgou nesta quarta-feira (26) uma nota do presidente do partido, Rui Costa Pimenta, detonando o “desmando do Judiciário” no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo Rui Costa, “os bolsonaristas foram alvos de uma série de ilegalidades vindas de Alexandre de Moraes”.
“Prender alguém que fez live na Internet é ditadura. Proibir de falar das urnas eletrônicas é ditadura. O próprio PT já foi contra as urnas eletrônicas. A nossa posição partidária é a defesa da urna com voto de papel”, ressaltou o presidente do PCO.
“É um direito dele, ele pode falar o que quer. Nós denunciamos isso, que ele foi declarado inelegível por algo absurdo. Ou seja, o processo do Bolsonaro é uma continuação de todos esses desmandos. Você lê o processo e é algo totalmente fora do normal. Segundo a procuradoria, ele estaria tramando golpe de Estado desde 2021, o que não faz sentido nenhum. Todos viram o Bolsonaro jogar todas as fichas em ganhar a eleição, ele achava que ia ganhar a eleição”, declarou Costa.
Outra crítica do presidente do PCO foi em relação ao ato do dia 8 de janeiro, o qual, segundo ele, “vai passar para a história do Brasil como um dos debates mais ridículos que já aconteceram”. “Classificar aquilo como golpe de Estado é ridículo. As pessoas estranham que estamos contra o processo, mas não podemos ficar a favor. É perigoso. Juridicamente, o processo é absurdo”, aponta.
E ele ainda faz menção a atitude de Alexandre de Moraes ao ameaçar Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, em uma delação. “Ameaçar um dos delatores a prender a sua família. Ele falou: ‘Se você não melhorar sua delação, vou investigar seu pai, sua mulher e sua filha.’ É uma ameaça de botar todos na cadeia.”