O Gre-Nal realizado na Arena do Grêmio, na noite deste sábado (8), foi marcado por um lance inusitado envolvendo o técnico Roger Machado.
Aos 30 minutos do primeiro tempo, o banco de reservas do Internacional pediu cartão amarelo para João Pedro por falta dura cometida em Wesley. Mais exaltado, o auxiliar Roberto Ribas discutiu com o árbitro Rafael Klein e recebeu o cartão vermelho.
Embora tenha sido advertido com o amarelo por reclamação, Roger Machado também precisou ir para o vestiário mais cedo. De acordo com o regulamento do Campeonato Gaúcho, o treinador é considerado responsável pelos membros da comissão técnica e também precisa deixar o gramado quando alguém for expulso.
Contrariado, Roger Machado ficou cinco minutos em campo antes de ir para o vestiário. Na entrevista coletiva depois do clássico, o treinador colorado comentou a situação, criticou a arbitragem e classificou a regra como “absurda”.
“Penso que a minha expulsão não mexeu nos atletas dentro de campo, mas o critério que a arbitragem adotou sim. Isso deixou o clássico tenso, porque nitidamente o árbitro escolheu fazer as vezes da casa, amarelando o Vitão com 10 minutos de jogo, depois em uma jogada similar não optar pelo mesmo critério. Isso sim. Inclusive, fato gerador da saída do meu auxiliar e por consequência a minha saída”, comentou Roger Machado.
“É uma regra que a gente aceita, mas não concorda. Absurda. Para mim mostra a falência da capacidade da arbitragem de controlar o jogo com os meias possíveis. Se eu não tenho dois auxiliares na beira do campo e um auxiliar é expulso, quem vai comandar meu time? O médico? Massagista? A arbitragem tem um quarto árbitro em campo, na impossibilidade do árbitro principal não poder, por lesão ou por passar mal, esse árbitro assume. Então faz assim, tira esse árbitro e se ele sentir alguma coisa a gente coloca o chefe da arbitragem para apitar. É a mesma coisa, o mesmo tipo de critério. A gente aceita, mas é difícil concordar. Isso mostra a falência do sistema”, disparou.
Sem Roger Machado e Roberto Ribas, o auxiliar da comissão técnica permanente do Inter, Adaílton Bolzan, foi o responsável por ficar na beira do gramado na sequência do clássico, que terminou empatado em 1 a 1.