Felipão conseguiu comandar a seleção brasileira rumo ao título na Copa do Mundo de 2002. Antes disso, porém, o treinador teve que conviver com críticas da opinião pública por não ter convocado Romário para a disputa do torneio.
Em entrevista ao jornalista Duda Garbi, o treinador explicou que optou por deixar o ex-atacante de fora por pensar que teria que mudar a forma de jogar da equipe.
“A decisão foi observando que eu, com aquele tipo de jogador, naquela posição e jogando daquela forma, eu não teria as mesmas condições que eu tive na seleção brasileira jogando com outro nome. Teria que jogar de uma forma diferente. Não sei se as características dos jogadores casariam perfeitamente. Então eu optei”, afirmou.
“É um dos dez maiores jogadores do Brasil em qualquer lista. E você optar por não levar… Mas achamos que aquilo era o certo e o ideal, então tomamos a decisão. Eu gostava de um atacante que jogava no Grêmio (Luizão). Não tinha as mesmas condições de Ronaldo e Romário, mas me ajudou muito. Eu tinha que fazer uma opção”, completou.
Felipão ainda explicou que, antes de divulgar a convocação, teve uma reunião com Ricardo Teixeira em que foi avisado sobre o risco de não chamar um nome com o tamanho de Romário para o futebol brasileiro.
“Ricardo Teixeira me chamou para uma reunião antes da convocação. Ele não queria saber os convocados, mas disse assim: ‘Pensa, se convocares determinado jogador e for campeão, sem problemas; se não convocar e não formos campeões, eles te matam. A decisão é sua’. Tudo bem, tomei a decisão e pronto”, finalizou.
