Além do retorno de um brasileiro às pistas, o campeonato de 2025 da Fórmula 1 reserva outra novidade: a volta dos champagnes no pódio após um hiato de quase 20 anos sem as borbulhas francesas.
A marca escolhida para celebrar o momento da vitória foi a tradicionalíssima Moët & Chandon, que pertence ao grupo LVMH, o maior conglomerado de luxo do mundo. Nos vinhedos da montanha de Rems, próximo a Epernay, as uvas são plantadas conforme a legislação francesa para ter a denominação “Champagne”.
O rótulo substituirá os espumantes italianos “Ferrari Trento”, produzidos pela família Lunelli. A bebida foi um marco na produção da categoria de vinhos para a Itália e reposicionou o país entre os melhores do mundo.
O contrato entre a LVMH e a Fórmula 1 foi assinado em um valor estimado de valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,7 bilhões) e desbanca a Rolex para dar lugar a outra marca de relógios do grupo, a Tag Heuer que, a partir de agora, assina o cronômetro oficial do evento. As mudanças já começaram a valer nos testes da pré-temporada, que iniciaram no fim de fevereiro.
Além disso, a bebida também dará nome a uma etapa do circuito mundial, a Moët & Chandon Belgian Grand Prix 2025, disputada em Spa, na Bélgica, em que o autódromo está localizado a cerca de 250 quilômetros de distância do terroir da maison em Epernay, na região de Champagne.

História nas taças e nas curvas
Os icônicos rótulos da Moët estão presentes na história do automobilismo mundial. Ao longo do tempo, tornaram-se referência nas vitórias dos lendários pilotos Sir Jackie Stewart, Ayrton Senna, Niki Lauda, Alain Prost, Mika Häkkinen e Michael Schumacher.
Segundo a empresa, o italiano Tazio Nuvolari foi o primeiro a beber um rótulo da maison no pódio ao vencer uma corrida em 1936.
Já a “chuva comemorativa”, também conhecida como spray, começou em 1967 com o americano Dan Gurney, que sacudiu a garrafa e borrifou champagne na torcida. O entusiasmo criou uma tradição vista até hoje.
Como são os champanhes da Moët & Chandon?
Com o passar das décadas, a Moët & Chandon virou sinônimo de champagne no mundo dos vinhos. No Brasil, a garrafa de 750 ml custa cerca de R$ 500.
O rótulo Imperial, por exemplo, é feito com 30 a 40% de Pinot Noir, 30 a 40% de Meunier e 20 a 30% de Chardonnay.
Na taça, a bebida possui coloração dourada com reflexos verdes e mousse extremamente estruturada. As notas são de maçã verde e frutas cítricas, mas também com aspectos da fermentação como brioche e nozes tostadas.
*Os textos publicados pelos Insiders e Colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do CNN Viagem & Gastronomia.
Sobre Stêvão Limana

Stêvão Limana é jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pós-graduado em enologia, postulante a sommelier profissional e maratonista nas horas vagas. Na TV, fala sobre política e eleições, enquanto na internet foca em vinhos e gastronomia.
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