O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo não tem previsão para entregar ao Congresso o projeto de lei que isenta o imposto de renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.
Quando questionado por jornalistas sobre a forma de compensar a isenção do imposto de renda, Padilha disse que “todos saberão” quando o projeto for enviado pelo governo.
“Não tem previsão de data. A minha data é aprovar o projeto neste ano (…) A compensação, todos saberão quando o projeto vir para cá, está certo? Esse detalhamento está sendo feito via Fazenda, Casa Civil, Ministério do Planejamento”, afirmou Padilha, nesta quarta-feira (12), na Câmara dos Deputados.
Na ocasião, Padilha esteve na Câmara para entregar as prioridades do governo no Congresso em 2025, incluindo a reforma da renda.
Presidente da Câmara disse que proposta do governo para isenção é “simpática”
Na semana passada, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a proposta do governo para a isenção é “simpática”, mas é preciso “equilíbrio” para não gerar o efeito econômico contrário à proposição.
Além disso, Motta solicitou que o governo apresente as formas de compensação para aprovar a isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e cobrou mais responsabilidade do Executivo nos gastos públicos.
Motta esteve reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada, para tratar sobre as prioridades do governo.
“A isenção é um projeto simpático. Quem é que não gostaria de aprovar um projeto que ajuda as pessoas que têm uma faixa de renda menor? Mas temos que ter muito equilíbrio para que uma medida como essa não venha a ter efeito ruim, já que temos hoje uma alta taxa de juros, o dólar chegando a níveis máximos. Isso traz um efeito principalmente no que diz respeito à inflação”, disse Motta.
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Câmara criticou Lula ao dizer que o petista “falava para uma bolha” e que o governo erra na condução da economia. “Do ponto de vista econômico, o governo tem vacilado e deixado de tomar decisões necessárias. Isso tem trazido instabilidade”, afirmou o deputado.