Na rede X, o termo ganhou destaque com publicações convocando o Brasil contra o governo de Lula. “Hoje, na hora do pronunciamento do Lula, na televisão, pegue sua panela e mostre sua revolta”, diz uma publicação que reforça “tudo caro, sem picanha, gasolina nas alturas e impostos subindo”.
Alguns parlamentares, compartilharam a informação do pronunciamento com a mensagem “panelaço”.
O panelaço no Brasil ganhou força como forma de protesto em 2015, durante o segundo mandato da então presidente Dilma Rousseff (PT). A prática se popularizou quando, em março daquele ano, cidadãos contrários ao governo bateram panelas em suas casas durante um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. O ato se repetiu em diversas outras ocasiões ao longo do governo Dilma, especialmente em momentos de crise política e econômica.
Embora tenha se consolidado nesse período, o panelaço como forma de manifestação pública já existia em outros países, como Chile e Argentina, desde a década de 1970, sendo usado como um símbolo de insatisfação popular contra governos e políticas econômicas.
No Brasil, o panelaço passou a ser uma estratégia recorrente em diferentes governos, sendo utilizado também contra Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e, mais recentemente, contra Lula.
Insatisfação com o governo Lula
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) destacou que a “população promete maior panelaço”. “Reflexo de muitos brasileiros com suas panelas vazias. Sem dinheiro para comprar comida”, escreveu a parlamentar.
A deputada federal Carla Zambelli diz que o “panelaço” em protesto contra a alta de impostos e o aumento do preço dos alimentos. Pelas redes sociais, ela criticou a escalada dos preços dos itens básicos e pediu a mobilização popular.
“Vamos mostrar nossa insatisfação com o aumento dos alimentos e impostos. Nesta segunda-feira, às 20h30, peguem suas panelas e façam barulho durante o pronunciamento de Lula. É hora de protestar contra o custo de vida que só aumenta. Conto com todos vocês!”, declarou a parlamentar.
Além do panelaço, Zambelli também convocou um ato em defesa do impeachment de Lula, marcado para o dia 16 de março, na Avenida Paulista, em frente ao MASP, a partir das 14h.
“Iremos às ruas dar o nosso recado ao Lula no dia 16/3. Esperamos vocês na Paulista, em frente ao MASP, às 14h”, reforçou a deputada.
A mobilização ocorre em meio a um cenário de queda na popularidade do presidente. Segundo pesquisa Datafolha, a aprovação de Lula caiu de 35% para 24% em apenas dois meses, atingindo o pior patamar de seus mandatos.
O pronunciamento de Lula desta segunda-feira terá 2 minutos e 18 segundos e a expectativa é de que o presidente fale sobre o programa Pé-de-Meia e o Farmácia Popular.