Federico Valverde é impressionante. Provavelmente, se tivesse que jogar como goleiro se mostraria uma excelente opção. Em qualquer posição, com qualquer função, tanto faz: o rendimento do uruguaio é sempre de alto nível.
O passe que ele acerta para Rodrygo, com quatro minutos de jogo contra o Atlético de Madrid, fez o madridismo se recordar de Toni Kroos. Não há dúvidas sobre sua condição de melhor meio-campista do time, e a cada partida ele também se prova como a melhor opção para a lateral-direita.
Foi um início empolgante do Real Madrid. Só que após o baque inicial, o Atlético de Madrid, inclusive com maior posse de bola, reagiu ainda no primeiro tempo. O gol marcado por Julián Alvarez aos 32 é um daqueles que justificam o tamanho do jogador. O atacante argentino, campeão do mundo, foi contratado para jogos assim.
Na prática, depois do empate, o Atleti passou a controlar a partida. Com mais intensidade, apesar de menos finalizações, os colchoneros trocavam passes de pé em pé, enquanto os madridistas tinham dificuldade na recuperação e na ligação rápida com Vinicius Jr. e Kylian Mbappé, muito bem marcados.
O Cholismo é um conceito que exige, além de alma e coração, alta efetividade dos jogadores em campo. Ou seja, o time não criará muitas oportunidades, mas precisa de bom aproveitamento. Quando isso não acontece, diante de um adversário com tanto talento como é o caso do Real Madrid, a punição chega rápido; e chegou em forma de mais um golaço na partida, desta vez de Brahim Díaz aos dez do segundo tempo.
Daí em diante a partida ganhou o roteiro que se imaginava desde o início. Pressão maior dos donos da casa e jogo reativo dos visitantes. Quando Diego Simeone tirou Antoine Griezmann e colocou Robin Le Normand aos 26, o treinador argentino leu muito bem o que acontecia em campo e pensou, acima de tudo, na volta no Metropolitano.
No final das contas, um resultado absolutamente previsível, que mantém o confronto equilibrado e aberto, como todos já imaginavam.
