A temporada de colheita de soja no Centro-Oeste brasileiro enfrenta um cenário climático desafiador, com chuvas intensas que dificultam os trabalhos nos campos, especialmente em Mato Grosso, onde as precipitações não cessam. A situação é mais favorável em Goiás, embora as condições ainda tragam complicações para a produção agrícola.
Nos últimos 30 dias, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou chuvas em várias regiões, com destaque para Rio Verde, em Goiás, que acumulou 400 mm, praticamente o dobro do esperado para o período. A maior parte dessa precipitação ocorreu no final de dezembro e início de janeiro, aliviando a situação temporariamente, mas agora, com a chegada de uma nova frente fria, os produtores devem se preparar para mais chuvas.
Em Mato Grosso, as chuvas excessivas nos últimos 10 a 15 dias nas lavouras de soja, com acumulados de até 370 mm, têm atrasado a colheita, especialmente no município de Sorriso. Já em Maracaju, no Centro-Sul de Mato Grosso do Sul, a falta de chuva é ainda mais crítica, com apenas 2 mm registrados em um período em que eram esperados pelo menos 150 mm. Essa disparidade entre regiões impacta diretamente a produtividade, com áreas mais úmidas apresentando boas perspectivas, enquanto o déficit hídrico afeta negativamente as lavouras em outras.
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O panorama de umidade do solo tem contrastes, com Mato Grosso e Goiás apresentando boa umidade, o que favorece o crescimento das lavouras, enquanto o Centro-Sul de Mato Grosso do Sul ainda sofre com a seca. No entanto, a previsão indica que a situação pode melhorar em breve. A partir do final de janeiro e início de fevereiro, a chegada de chuvas de 50 mm em cinco dias ajudará a equilibrar o cenário, beneficiando tanto Mato Grosso quanto Goiás e trazendo alívio para o Centro-Sul de Mato Grosso do Sul.
Para os produtores de soja de Goiás, a previsão é de que as chuvas se intensifiquem entre os dias 27 de janeiro e 2 de fevereiro, dificultando o início da colheita, mas com uma trégua prevista para o início de fevereiro, quando as condições para o trabalho no campo devem melhorar. O estado de Mato Grosso, por outro lado, deverá continuar com chuvas mais volumosas até o início de fevereiro, o que dificulta ainda mais as operações de colheita. Já Maracaju começa a apresentar chuvas nos próximos 10 dias, o que deve ajudar a reverter o quadro de déficit hídrico.
Com a chegada de fevereiro, a previsão aponta para um alívio nas chuvas para a maioria das áreas, permitindo que a colheita avance de forma mais tranquila. Entre 3 e 7 de fevereiro, Mato Grosso e Goiás devem viver uma fase de chuvas mais distribuídas, o que deve equilibrar as condições para a colheita. Para os produtores que ainda enfrentam problemas de umidade do solo, como é o caso do Centro-Sul de Mato Grosso do Sul, a previsão de chuvas é animadora.
Além disso, as regiões Sul e Sudeste do Brasil, que enfrentam temperaturas elevadas e risco de temporais, devem se preparar para chuvas fortes até a virada do mês, especialmente no interior de São Paulo e sul de Minas Gerais, com possibilidade de granizo e ventos intensos. Já o Nordeste tem chuvas mais concentradas na Bahia, com previsão de um volume maior a partir do fim de janeiro.