A última semana de fevereiro será marcada por temperaturas elevadas e chuvas intensas em diferentes regiões do Brasil. Uma nova onda de calor persiste no Sul até quarta-feira (26), enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentam o retorno da chuva, o que pode beneficiar algumas lavouras e prejudicar outras.
O meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, alerta para a possibilidade de temporais e impactos na produção agrícola em diversas localidades. Confira os detalhes da previsão do tempo em cada região no período de 24 a 28 de fevereiro.
Sul
O Rio Grande do Sul segue sob forte calor, com máximas próximas de 40 °C no oeste do estado. O tempo seco predomina até quarta-feira, quando um cavado meteorológico trará temporais para todo o território gaúcho.
Há risco de queda de granizo e rajadas de vento superiores a 70 km/h, o que pode causar danos às lavouras de verão.
A precipitação acumulada deve ficar entre 30 e 50 mm no estado e no nordeste do Paraná. Já em Santa Catarina e no oeste do Paraná, o tempo será quente e seco, com chuvas isoladas de 10 a 15 mm ao longo da semana.
Sudeste
As instabilidades retornam. Chuvas fortes são esperadas no leste e nordeste de Minas Gerais, Espírito Santo, centro-norte e interior do Rio de Janeiro e em São Paulo, com acumulados de até 50 mm.
Essa umidade será benéfica para lavouras de café e cana-de-açúcar, que estavam sob estresse hídrico. Apesar da melhora na umidade do solo, temporais isolados podem ocorrer, exigindo atenção dos produtores na realização dos trabalhos em campo.
Centro-Oeste
A semana será chuvosa, principalmente no sul e oeste de Goiás e em Mato Grosso, onde os temporais podem ser intensos. Em Cuiabá, há previsão de fortes chuvas logo no início da semana.
Em Mato Grosso do Sul, o tempo será mais seco, com pancadas de verão à tarde em Campo Grande e Corumbá.
No geral, as operações de colheita da soja e plantio do milho segunda safra serão impactadas pela alta umidade, já que os acumulados podem ultrapassar 100 mm. No centro-sul de Mato Grosso do Sul, o calor predomina, com máximas de 38 °C a 39 °C, prejudicando o gado confinado e o desenvolvimento inicial do milho.
Nordeste
A chuva se espalha por mais estados e pode ser intensa entre Maranhão e Piauí. Há risco de pancadas fortes no litoral do Ceará e chuvas moderadas no litoral do Rio Grande do Norte e no leste de Pernambuco.
O acumulado deve ultrapassar 100 mm no Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, o que pode afetar os trabalhos no campo, mas contribuir para a reposição da umidade no solo.
Na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, a chuva começa a retornar, com volumes entre 20 e 30 mm, trazendo alívio às lavouras que estavam sob seca.
Norte
Temporais seguem afetando Amazonas, Roraima, Pará e Tocantins. Em Manaus e Belém, há risco de chuvas volumosas ao longo da semana. O Tocantins e o Pará podem registrar acumulados superiores a 150 mm, o que pode resultar em alagamentos e impactos nas lavouras.
Nos demais estados da região, como Roraima, Amapá, Acre e Rondônia, os acumulados devem variar entre 50 e 70 mm, mantendo boas condições para as pastagens e temperaturas dentro da normalidade.
A umidade elevada favorece o desenvolvimento agrícola, mas também aumenta o risco de pragas.