O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, partiu neste domingo para Washington, onde na próxima terça-feira se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A viagem do premiê israelense coincidirá com o momento em que deverão se iniciar as negociações indiretas entre Israel e o Hamas para definir a segunda fase do acordo de trégua, em que todos os reféns na Faixa de Gaza seriam libertados e seriam lançadas as bases para o fim definitivo da guerra.
No entanto, alguns membros importantes da coalizão governante israelense, como o ministro de Finanças, o ultradireitista Bezalel Smotrich, alertaram que tentarão derrubar o governo se Israel não retomar os combates na Faixa quando a primeira fase da trégua terminar.
Também viajando para Washington com Netanyahu estão o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, e o oficial de ligação do governo israelense com as famílias dos reféns, Gal Hirsch, entre outros.
Falando aos repórteres pouco antes de embarcar no avião, Netanyahu argumentou que a guerra serviu para “mudar a face do Oriente Médio” e disse que, junto com Trump, Israel pode mudá-lo “ainda mais, e para melhor”.
O encontro será o primeiro que o presidente dos EUA terá com um líder estrangeiro desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro.
Segundo a imprensa israelense, Trump já deixou claro a Netanyahu que não quer que Israel volte a combater na Faixa.
A primeira fase da trégua em andamento em Gaza já permitiu a libertação de 13 israelenses e cinco tailandeses em troca de mais de 500 prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses.
A expectativa é que o Hamas liberte outros 20 reféns dos 79 ainda mantidos no enclave durante o mês de fevereiro em troca de mais de 1.000 prisioneiros palestinos.