SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Vivendo ondas de cancelamento nas redes sociais por declarações vistas como transfóbicas, J.K. Rowlings foi citada por Azealia Banks em uma postagem da cantora.
No seu perfil oficial do X, Azealia agradeceu a escritora por começar a segui-la, mas mandou um recado citando o histórico problemático da autora de “Harry Potter”.
“Te amo muito, irmã, mas mulheres trans não são uma ameaça à sua feminilidade. Você é realmente muito rica e lendária para continuar falando a mesma coisa repetidamente. O verdadeiro problema do mundo são os crimes contra crianças. Os adultos vão ser quem eles querem ser e dormir com quem eles querem”, afirmou.
A cantora disse também que tem um irmão trans que teria sofrido maus tratos de sua mãe, resultando em dor e supostas tentativas de suicídio, e falou que o desconforto com o corpo não é uma doença mental, mas sim algo espiritual.
“As pessoas podem assumir que você, que escreve livros sobre magia e coisas esotéricas, seria capaz de compreender e entender como os estados de consciência variam em um ser humano. Já faz anos. Adultos estão transando, é provável que o homem com quem você está saindo ou vai sair se sinta atraído por mulheres trans.”
A cantora de “Luxury” afirmou que J.K. poderia protestar o quanto quisesse, mas nada iria mudar, e insinuou que ela é muito bem paga para se preocupar com o que as pessoas fazem em suas vidas sexuais.
“Acho que é uma fachada para alguma inferioridade que está na sua mente. Digo isso com muito amor e respeito.”
No passado, a autora já questionou o uso da expressão “pessoas que menstruam” e o que é ser mulher.
“Tenho certeza que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude? Wumben? Wimpund? Woomud (modificações propositais da palavra “Woman”, inglês para mulher).”
Críticos apontaram que as visões de Rowling igualavam feminilidade à menstruação, enquanto muitos homens transsexuais menstruam, e muitas mulheres, não.
Rowling disse que seus comentários não tinham o objetivo de ofender a comunidade transsexual, apenas sublinhar que “o sexo é real e tem consequências vívidas”.
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