O procurador-geral da Argentina, Mario Villar, pediu que a pena pela condenação criminal da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) por corrupção seja dobrada, para chegar a 12 anos de prisão.
Segundo informações do jornal Clarín, o Ministério Público quer que a Suprema Corte da Argentina, onde tramita um recurso, amplie a sentença de exclusivamente por administração fraudulenta em prejuízo do Estado para também incluir o crime de associação ilícita, o que resultaria no aumento da pena.
No final de 2022, Kirchner foi condenada a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos por um tribunal argentino pelo chamado caso Vialidad, devido a um esquema de desvios de recursos de obras públicas na província de Santa Cruz, berço político do kirchnerismo.
Na quarta-feira (12), a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou o projeto de lei da Ficha Limpa, para impedir que pessoas condenadas em primeira e segunda instâncias por corrupção sejam candidatas a cargos eletivos no país, o que impediria Kirchner de concorrer em eleições futuras.
A proposta agora segue para o Senado, onde a União pela Pátria, coalizão da ex-presidente, tem 34 cadeiras. Com apenas dois votos a mais, a legenda conseguiria impedir a aprovação da Ficha Limpa.