Data e Hora

Mercedes pós-Hamilton tem Russell pronto para liderar e cautela com novato

LONDRES, REINO UNIDO (UOL/FOLHAPRESS) – Se a notícia de que Lewis Hamilton estaria deixando a Mercedes abalou o mundo da F1 há 12 meses, dá para imaginar o que o fim da parceria mais vitoriosa da história da categoria causou lá dentro da equipe, que já vivia um período difícil, sofrendo para se encontrar no regulamento que estreou em 2022 e fez com que o time que conquistou oito títulos de construtores seguidos passasse a lutar por vitórias esporádicas.

Não era só uma questão de substituir o heptacampeão. Isso, na verdade, já tinha sido feito, embora a estreia de Andrea Kimi Antonelli esteja acontecendo um ano antes do que o chefe Toto Wolff esperava. Mas de dar uma nova cara, comercialmente também, para a equipe.

No lançamento da primeira grande parceria anunciada após a saída de Hamilton, com a Adidas, deu para perceber que não foi só Hamilton que se deu tempo para planejar como seria seu novo capítulo, agora na Ferrari: Wolff revelou que as conversas começaram em uma feira esportiva, justamente há 12 meses.

“Quando Lewis ficou sabendo, ele não podia acreditar”, disse Wolff, que contou ter recebido de seu agora ex-piloto um emoji com cara de choro e outro sorrindo. Ainda é impossível para a Mercedes não sentir a presença do piloto mais vencedor da história da F1. “Eu estava pensando nele algumas vezes hoje porque fizemos isso tantas vezes, e sempre era empolgante. E ele teria adorado esse evento em particular”, disse o austríaco ao UOL Esporte. “É diferente, mas agora é hora de ir para a pista e ele está na Ferrari.”

MERCEDES “SOB NOVA DIREÇÃO” COM RUSSEL

Este é um momento que George Russell estava esperando faz tempo. Ele demonstrou sentir que ficou por tempo demais na Williams (três anos) e passou outros três como companheiro de Hamilton. Agora, com um companheiro de apenas 18 anos de idade, vai usar tudo o que aprendeu para liderar a reconstrução da equipe.

“Ainda tenho 26 anos, sinto que sou jovem e faminto, mas este é meu sétimo ano na F1, sinto-me pronto para lutar, e acho que sei o que preciso fazer para tirar o máximo de mim mesmo, e também da equipe. Estou empolgado para ver o que dá para fazer.”

Russell acha que a equipe aprendeu com o ‘chacoalhão’ que levou nos últimos anos. “Quando você está vencendo, às vezes é difícil mudar a maneira de fazer as coisas. Mas os outros seguem inovando e mudando a maneira como trabalham, e claramente o que estávamos fazendo não estava funcionando. Reconhecemos isso e estamos mudando a equipe e a estrutura, sinto que agora é a hora da virada.”

CAUTELA COM ESTREANTE KIMI ANTONELLI

A Mercedes vai mesmo precisar de liderança e consistência vinda de Russell, pois foi obrigada, com a saída antecipada de Hamilton, a promover Andrea Kimi Antonelli um ano antes do previsto. O plano original já era bastante ousado: Antonelli faria a F2 em 2024, e teria a opção de um segundo ano na categoria ou uma vaga em uma equipe menor na F1 em 2025, para estrear na Mercedes só em 2026. Agora, o italiano de 18 anos e que há pouco mais de um ano estava pilotando na Fórmula Regional, o que pode ser considerado três categorias abaixo da F1, estará sob os holofotes.

“Ele é bom com a pressão, alguém que sempre pilotou na frente em todas as categorias que disputou precisa administrar bem a pressão. Mas também é importante para nós manter as expectativas no lugar certo”, lembrou Wolff. “Ele não estará na pole em Melbourne (na primeira corrida do ano da F1, em 16 de março), nem vai ganhar a corrida. Isso seria o objetivo errado. Queremos prepará-lo para 2026.”

Antonelli mal pode esperar pelos testes no final de fevereiro e a estreia na Austrália. Há muita expectativa em cima dele desde o kart, e há tempos não se via um piloto chegar na Fórmula 1 com tantos quilômetros de testes. “Sinto que sei todos os procedimentos, mas um fim de semana de corrida é diferente, então é claro que quero ir para a pista e ver o que posso fazer.”

E esse será apenas o primeiro desafio, a julgar pela experiência de seu companheiro Russell. “Meu conselho para ele queria para ele curtir, porque é um momento especial. Eu diria que o maior desafio foi controlar minha energia ao longo da temporada. Eu estava faminto e motivado, queria fazer mais a mais, e quando cheguei no meio da temporada, estava destruído.”

Não é só Antonelli que corre o risco de se ver sem energias para lutar ao longo de 2025. Especialmente com uma grande mudança de regulamento chegando em 2026 – e a expectativa de que os alemães, como fizeram em 2014, podem ter vantagem com o novo motor – não é à toa que a próxima temporada foi citada por várias vezes no evento da Adidas por todo mundo na Mercedes.

Notícias ao Minuto Brasil – Esporte

Enquete

Qual a sua expectativa sobre o segundo mandato do prefeito de Matupá, Bruno Mena?

Este levantamento reflete apenas a opinião espontânea dos leitores do Matupá On-line.
É permitida apenas uma votação por IP, e os resultados não têm valor científico ou caráter de pesquisa oficial.

Agradecemos pela participação!
Publicidade

Compartilhe:

Leia também

plugins premium WordPress