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Lula critica Cláudio Castro por não participar de evento em hospital do Rio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta (6) o governador fluminense Cláudio Castro (PL-RJ) por não ter participado de uma cerimônia oficial do governo no Rio de Janeiro. Lula esteve na capital para a reabertura do setor de emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, que passa por uma intervenção em parceria com a prefeitura.

A unidade estava fechada há cinco anos junto de leitos de UTI e serviços laboratoriais, e que terá um investimento total de R$ 263,7 milhões até o final do ano.

“O governador foi convidado e não veio. Eu não quero saber de que partido é o governador, […] e ele poderia ter vindo aqui e fazer um discurso pra vocês para dizer como o estado vai cuidar da questão da saúde”, disparou Lula durante a cerimônia em tom de palanque eleitoral.

“Eu convido todos os governadores [para atos oficiais do governo], até aqueles que, de forma irresponsável, de vez em quando fazem críticas ao meu governo”, afirmou.

Lula disse no discurso que o hospital passou anos sem receber a devida atenção e que levaram a um incêndio há cinco anos, o fechamento do setor laboratorial e de leitos, entre outros. De acordo com ele, a reabertura da emergência é apenas a primeira parte para a “recuperação da decência que o povo do Rio sempre mereceu, e que as pessoas esqueceram”.

Ele disse que quer transformar os seis hospitais federais da cidade em “referência em qualquer lugar do mundo” para as pessoas terem orgulho de frequentá-los.

“Esse hospital, que estava abandonado, que muita gente não queria que a gente fizesse essa intervenção democrática pra administrar, não queriam que a gente fizesse convênio com a prefeitura”, disse. emendando que o local não pode servir para se fazer politicagem.

De acordo com Lula, “não podemos deixar que políticos mandem nos hospitais, e sim os especialistas em saúde”. “Isso aqui não é comitê eleitoral de ninguém, quem quiser pedir voto que vá pra rua pedir”, completou.

Denúncias feitas à imprensa nos últimos anos mostram que o Hospital Federal de Bonsucesso foi utilizado como parte de uma estratégia política para angariar votos a candidatos ligados a parlamentares do estado. Mortes ocorreram por falhas em equipamentos e houve sucateamento da estrutura e desabastecimento de insumos.

O hospital passou a ser gerido por um interventor em outubro do ano passado e vem passando por uma reforma e reativação da estrutura. Os próximos passos, disse o presidente, são recuperar a ala que pegou fogo há cinco anos e reestruturar o setor laboratorial.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas a emergência terá capacidade de atender 700 pessoas por mês, contando com leitos adultos e pediátricos.

“A unidade é administrada desde outubro de 2024 pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública 100% SUS. Como resultado de todo esse investimento, o hospital amplia a capacidade mensal de 700 para 1,4 mil internações, de 400 para 800 cirurgias e de 12 mil para 20 mil consultas ambulatoriais”, disse a pasta em nota.

República

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