O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta (27) durante a visita que fez à cidade de Santos (SP) para anunciar o edital de lançamento do túnel submerso. Entre os compromissos da viagem, que teve um evento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), ele aproveitou para comparar seu governo com o anterior.
“O povo brasileiro não me compara com Bolsonaro porque Bolsonaro foi muito ruim, mas muito ruim. Eu queria ver se você viaja o Brasil e encontra uma obra dele [Bolsonaro]. O povo me compara comigo mesmo, com o Lula de 2010”, disse Lula em entrevista à TV Record.
O petista afirmou que a parceria entre o estado de São Paulo e o governo federal terá tantos outros eventos que eles terão de tirar muitas fotos juntos.
“Tarcísio, não se preocupe, porque vai ter muita foto eu e você junto. O que é mais grave para os nossos adversários é a gente estar rindo na foto, e isso vai deixar muita gente [que] pode até ter infarto na história. Mas, o que nós queremos é cuidar do povo de São Paulo e do Brasil”, disse.
“Uma pesquisa, quando ela está boa ou está ruim, serve de análise para saber se você muda ou não de comportamento. O povo brasileiro tem o direito de cobrar do presidente da República como a torcida cobra de um jogador”, pontuou.
Lula tem tentado buscar meios para reverter a queda da popularidade, embora reconheça que o governo ainda não entregou tudo o que prometeu durante a campanha. O petista, no entanto, se justifica afirmando que os dois primeiros anos de mandato foram para consertar o que supostamente teria sido destruído pela gestão de Bolsonaro.
Entre os meios que ele tem adotado estão a troca do titular da Secretaria de Comunicação Social (Secom), com a saída de Paulo Pimenta e a entrada do publicitário Sidônio Palmeira, e o início de uma reforma ministerial que amplie o espaço do centrão no governo e reforce a divulgação de políticas públicas implementadas durante o primeiro biênio deste terceiro mandato.
As pesquisas de opinião têm apontado queda da popularidade de Lula por conta, entre outros motivos, falhas na comunicação do governo, alto preço dos alimentos, sensação de falta de segurança e a “crise do Pix” no começo deste ano.
