Lateral titular da Argentina na goleada por 4 a 1 sobre o Brasil, na última terça-feira (25), em Buenos Aires, Nicolás Tagliafico fez uma “análise tática” do clássico válido pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. E falou até mesmo do esquema tático escolhido pelo técnico Dorival Júnior.
“Como queriam jogar assim? Olha aqui, 4-4-2. Para jogar em um 4-4-2 assim é praticamente impossível. Primeiro porque a gente tinha três jogadores no meio-campo. Três contra dois deles. Só aí eles já tinham um a menos. Somando nesse lance com dois defensores e um goleiro com Thiago (Almada) que desce muito para o meio-campo”, disse em vídeo no seu canal no Youtube.
O defensor, que atua no Lyon, ainda falou sobre o momento vivido pela Amarelinha e disse que, hoje, o Brasil já não é mais o mesmo de antes.
“Jogamos contra um Brasil que não é um Brasil de antes. Mas que gosta de ter a bola. Brasil sempre gosta de ter a bola. Não gosta de não ter a bola e de ter que correr atrás. Eles tinham muitos atacantes e ficar correndo assim atrás da bola os matavam”, prosseguiu.
Por último, o argentino ainda lembrou da polêmica declaração de Raphinha antes do duelo e contextualizou o motivo de o atacante brasileiro ter falo aquilo diante de Romário.
“Por exemplo, sobre o Raphinha. Depois de analisar a entrevista eu senti ali que o Romário estava exigindo ali que diga tudo sim. Romário não está na altura de Pelé, mas é um dos grandes jogadores da história do Brasil. Então ele chega ali e diz ‘vamos ganhar’. Aí não tem como ele (Raphinha), ‘ah, tudo bem, pode ser’. Ele vai se motivar. Mas nós (argentinos) somos os campeões em buscar incentivo”, declarou.
“Não estava no momento. Mas ele disse que traduziram mal o português. Bom, já passou. Eu ainda ganhei um amarelo na primeira falta que fiz (risos), mas dentro de campo é assim.”