Um serviço de telemedicina que chega às comunidades mais remotas de países latino-americanos e caribenhos foi lançado pela Organização Pan-Americana da Saúde, Opas.
O kit portátil leva cuidados básicos a comunidades que precisam de atendimento, mas que não têm acesso a instalações médicas. São tratados casos complexos de doença cardiovascular, ultrassonografias de cuidados pré-natal, diagnósticos de doenças transmissíveis como tuberculose e outras enfermidades.
Custo representa apenas 20% de compras individuais
A agência da ONU afirma que a iniciativa é parte do Pacote de Telemedicina Tudo em Um, da Opas, e que chega às áreas de difícil acesso em toda a região da América Latina e do Caribe.
O custo é apenas 20% do total pago pela compra de equipamentos, separadamente.
Nas Américas, cerca de 35% da população não tem acesso a serviços de saúde devido a barreiras de logística, financeiras e geográficas. Um dos diretores da Opas para a ação, Sebastian Garcia Saiso, diz que os kits de telemedicina são úteis desde a selva da Amazônia até os Andes, passando por países-ilha no Caribe.
Esses kits também facilitam a instalação de equipamentos de aferição de pressão arterial, termômetros, aparelhos para realizar eletrocardiogramas, monitores de batimentos cardíacos, de saturação de oxigênio, medidores de níveis de glicose e outros dispositivos que podem ser conectados online e usados digitalmente.
Interpretação e diagnósticos em tempo real
O chefe da Unidade para Sistemas de Informação e Saúde Digital da Opas, Marcelo D’Agostino, disse que a pandemia de Covid-19 ajudou a promover o uso da telemedicina para serviços básicos de saúde em áreas que eram antes carentes dos cuidados.
A Opas lembra que os kits podem ser operados, no terreno, tanto por agentes de saúde como por médicos e são desenhados para oferecer interpretação em tempo real, em caso de barreiras linguísticas. O paciente pode obter resultado de exames por um especialista a milhares de quilômetros de distância.
O software utilizado também é de fácil manejo e adaptável a sistemas de informação de saúde já existentes. O paciente cria um histórico que pode ser consultado por profissionais de saúde em conferências de vídeo e consultas a distância.