Uma juíza federal, nomeada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, bloqueou nesta segunda-feira (24) o acesso da equipe de Elon Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), aos dados do Departamento de Educação e do Escritório de Gestão de Pessoal, atendendo a um pedido de sindicatos.
Na decisão, a magistrada Deborah Boardman, de Maryland, emitiu uma ordem de restrição temporária de duas semanas para impedir o acesso de Musk e sua equipe às informações pessoais confidenciais de americanos, incluindo dados financeiros relacionados a empréstimos estudantis federais.
De acordo com Boardman, essas ações são possíveis violações da equipe do Doge à lei federal devido ao “acesso abrangente” a informações pessoais confidenciais, em violação à Lei de Privacidade de 1974.
“Essa divulgação contínua e não autorizada de informações pessoais confidenciais dos demandantes às afiliadas do Doge é um dano irreparável que indenizações monetárias não podem retificar”, disse a juíza.
Entre as informações que poderiam ser coletadas estão números de Previdência Social, datas de nascimento, endereços residenciais, renda e ativos e status de cidadania.
A administração de Donald Trump argumentou que o bloqueio da medida impediria o cumprimento da agenda presidencial ao limitar o acesso à informação dos americanos.
Desde que assumiu o DOGE, Musk tem defendido o corte de gastos desnecessários do Estado, mas suas ações têm enfrentado obstáculo nas Justiça, principalmente de magistrados nomeados por democratas.