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Israel diz que Hamas viola acordo ao não libertar reféns civis

O grupo terrorista Hamas divulgou nesta sexta-feira (24) os nomes de quatro mulheres reféns que devem ser libertadas neste sábado (25), em meio à trégua na guerra alcançada com Israel neste mês.

De acordo com o comunicado das Brigadas Izzeldeen al-Qassam, o braço armado do Hamas, Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy, todas de 20 anos, e Liri Albag, de 19 anos, ambas soldados, serão as próximas detidas a serem liberadas.

Elas estavam posicionadas como observadoras na base militar de Nahal Oz, ao longo da fronteira entre Israel e Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, quando o massacre e os sequestros aconteceram. A base de observação de Nahal Oz, a apenas um quilômetro de Gaza, foi um dos primeiros pontos atacados pelo Hamas.

Uma das fotos mostra Liri Albag com os braços cruzados, ao lado de Agam Berger com os lábios cortados. Crédito: EFE/ Paulina Patimer (Foto: EFE)

O governo de Israel, no entanto, afirmou que esta seria uma quebra do acordo firmado nas negociações do Catar, uma vez que a primeira fase da trégua seria dedicada à libertação de civis do sexo feminino, depois as soldados do sexo feminino.

No domingo passado, dia em que o acordo de cessar-fogo entrou em vigor, as reféns civis do sexo feminino Emily Damari, Romi Gonen e Doron Steinbrecher foram libertadas.

O jornal Times of Israel informou que, devido à possível violação do acordo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Israel Katz e os chefes de segurança de Israel estariam realizando consultas sobre como responder à lista de reféns femininas que o Hamas libertou.

As irmãs mais velhas (na foto) de Liri Albag, soldado sequestrada em Nahal Oz que deve ser libertada neste sábado (25). Crédito: EFE/ Núria Garrido (Foto: EFE)

Na quarta-feira, o governo de Israel enviou um recado ao Hamas dizendo que espera que o grupo terrorista liberte a refém civil Arbel Yehud, de 29 anos, neste fim de semana. Contudo, Tel Aviv suspeita que ela esteja sendo mantida pelo grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina e não pelo Hamas, o que aumento a preocupação de seu retorno ao país.

A nova questão que surge em meio ao frágil acordo alcançado nos últimos dias deixa algumas opções abertas para Israel responder o grupo palestino. Entre elas está a possibilidade do país abandonar seu compromisso de permitir que os palestinos retornem ao norte de Gaza neste sábado ou poderia mudar ou limitar a lista de prisioneiros palestinos que deveria libertar em troca das quatro reféns.

O gabinete de Netanyahu disse que recebeu o documento e responderá em um momento oportuno.

Seu gabinete deve publicar a lista de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses que serão libertados em troca. De acordo com os detalhes conhecidos do acordo, Israel libertará 50 prisioneiros para cada mulher militar, o que significa que pelo menos 200 dos presos deverão ser devolvidos a Gaza neste sábado.

Com a libertação das quatro reféns soldados, três ainda permanecerão em Gaza da lista de 33 que o Hamas deve libertar durante a primeira fase do acordo, entre elas Agam Berger, Shiri Silberman e Arbel Yehud.

Em novembro de 2023, a Jihad Islâmica alegou que Silberman, que foi sequestrada junto com seu marido, Yarden Bibas, e seus filhos Ariel e Kfir, de 5 e 2 anos, foram mortos em um ataque israelense, embora as Forças de Defesa de Israel (FDI) nunca tenha confirmado essa informação.

Foto da criança israelense Kfir Bibas, de 2 anos, que é mantida refém pelo Hamas em Gaza. Crédito: EFE/EPA/ABIR SULTAN (Foto: EFE)

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