O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta sexta-feira (7) as ordens executivas assinadas por Donald Trump para sancionar o Tribunal Penal Internacional (TPI), classificado pelo premiê como “antissemita e antiamericano”.
“Obrigado, presidente Trump, por sua corajosa ordem executiva contra o TPI. Ela defenderá os Estados Unidos e Israel de um tribunal antiamericano e antissemita corrupto que não tem jurisdição ou base para travar uma guerra legal contra nós”, diz um comunicado do gabinete de Netanyahu, que é alvo de um mandado de prisão por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.
Segundo o primeiro-ministro israelense, “o TPI empreendeu uma campanha cruel contra Israel como um ensaio para uma ação contra os Estados Unidos, a ordem executiva do presidente Trump protege a soberania de ambos os países e seus bravos soldados”.
A ordem prevê restrições financeiras e restrições à obtenção de vistos para viajar aos Estados Unidos para indivíduos do TPI, bem como para seus familiares imediatos (cônjuge e filhos).
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, culpou nesta sexta-feira o tribunal por “perseguir obsessivamente” tanto Israel quanto seus líderes, e disse que o TPI “opera sem jurisdição”, já que nem Israel nem os Estados Unidos reconhecem a instituição.
TPI reage à medida do governo Trump
O TPI criticou a emissão da ordem executiva do presidente Trump para sancionar seus funcionários. Segundo a corte internacional, a medida “prejudicará seu trabalho judicial independente e imparcial”.
O TPI enfatizou ainda que “permanece firme com seus funcionários e está comprometido em levar justiça e esperança a milhões de vítimas inocentes de atrocidades em todo o mundo”.
“Apelamos aos nossos 125 Estados-membros, à sociedade civil e a todas as nações do mundo para que se unam em defesa da justiça e dos direitos humanos fundamentais”, acrescentou a instituição em uma breve declaração em reação à assinatura.