Oito ex-inspetores gerais de agências do governo dos Estados Unidos que foram demitidos pelo presidente Donald Trump entraram com uma ação nesta quarta-feira (12) em um tribunal federal em Washington para contestar suas saídas e reivindicar que sejam reintegrados aos seus cargos.
Trump demitiu mais de dez inspetores gerais desde seu retorno à Casa Branca, em janeiro, e disse que colocaria “pessoas boas” no lugar. Esses fiscais (watchdogs, em inglês) têm a função de coibir desperdícios de recursos, fraudes e abusos em agências governamentais.
Segundo informações da agência Associated Press, embora presidentes dos Estados Unidos possam remover inspetores gerais dos seus cargos, a defesa alegou que a administração Trump não deu ao Congresso americano um aviso com 30 dias de antecedência sobre essas demissões, conforme exigido por lei.
“A demissão de inspetores gerais independentes e apartidários foi uma clara violação da legislação”, afirmou Michael Missal, ex-inspetor geral do Departamento de Assuntos de Veteranos de Guerra.
“Os inspetores gerais apresentaram esta ação para reintegração para que possam voltar a trabalhar combatendo fraudes, desperdícios e abusos em nome do povo americano”, acrescentou. A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre a ação apresentada em Washington.