Aves serão reintroduzidas na natureza como parte de um projeto de conservação no sertão da Bahia, coordenado pelo ICMBio. Região é habitat natural da ave, que em 2018 foi considerada extinta
Na última terça-feira, 28 de janeiro, 41 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) desembarcaram no Aeroporto de Petrolina/PE, vindas de Berlim, Alemanha. As aves foram importadas como parte do projeto de reprodução em cativeiro e reintrodução na natureza, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e executado pela Blue Sky Serviços Administrativos LTDA, com apoio do Ibama. O objetivo é repovoar a região de Curaçá, na Bahia, habitat natural da espécie.
A escolha do Aeroporto de Petrolina para a chegada das aves se deu por sua proximidade com o local de quarentena e soltura, reduzindo o estresse dos animais durante o transporte. A importação foi autorizada pela Receita Federal com base no artigo 26 do Regulamento Aduaneiro, uma vez que o aeroporto não é alfandegado.
A operação contou com o apoio de diversos órgãos, incluindo Receita Federal, Ibama, ICMBio, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro/PE), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e CCR Aeroporto, todos atuando de forma coordenada para garantir o sucesso da missão.
Essa foi a segunda importação de ararinhas-azuis para o Brasil. A primeira ocorreu em 2020, quando 52 aves foram trazidas do exterior. Em 2022, dessas 52, 20 foram reintroduzidas na caatinga, marcando um passo importante na recuperação da espécie, que foi declarada extinta na natureza na década de 1990.
A chegada dessas novas aves representa um avanço significativo para a conservação da biodiversidade brasileira. O sucesso da operação reforça a importância do trabalho conjunto entre diferentes instituições na proteção e reintrodução de espécies ameaçadas.
Em 2018, a ararinha azul foi considerada praticamente extinta, segundo relatório da ONG BirdLife.