Data e Hora
Quarta-Feira, 02/Abril/2025

Hugo mira Copa do Mundo: ‘Não é qualquer um que chega no Corinthians e faz história’

Herói do Corinthians na conquista do Paulistão, Hugo Souza falou em entrevista coletiva neste sábado (29). E o arqueiro alvinegro, que pegou pênalti na decisão contra o Palmeiras, revelou que o elenco precisou superar atritos em prol do título estadual.

Apesar do final feliz na quinta-feira passada (27), o Timão viveu momentos conturbados já neste início de temporada, sobretudo após a queda nas fases preliminares da CONMEBOL Libertadores para o Barcelona-EQU. E Hugo contou os bastidores de como todos os jogadores “se fecharam” para superar algumas rusgas, que segundo ele são mais do que normais, até mesmo em situações do dia a dia.

“Esses atritos (no elenco) nunca desconectaram a gente. Para mim no futebol, o mais difícil dentro do elenco, é você construir uma união, um ambiente que não tenha ego, que ninguém queira ser melhor que ninguém. A gente coloca o grupo acima do pessoal. No futebol isso não é fácil, mas aqui a gente tem isso. Atrito, briga, desavença, essas coisas, vão ter em todos os lugares. Na minha família, com minha mãe, que me criou a vida inteira, minha irmã, então com meus companheiros de clube eu vou ter também”, começou por dizer.

“Cabe ter maturidade para resolver as coisas, resolver os problemas aqui dentro, sem sair daqui, da melhor forma possível. Na hora que apertar o calo, a gente vai sofrer, mas também quando coisas boas acontecerem igual quinta-feira, a gente que vai colher o fruto. Acredito que esses atritos não desconectaram a gente. A gente soube lidar com isso, a gente soube resolvê-los. E não só o meu papel, o papel de todas as lideranças, caras experientes, foi simplesmente entender que é normal. Normal ter atrito, briga, a gente vai entender como podemos resolver da melhor forma e foi isso que fizemos.”

Peça fundamental desde que chegou ao Corinthians, no segundo semestre de 2024, logo após a saída de Cássio para o Cruzeiro, Hugo está na “fila de espera” por uma oportunidade na seleção brasileira. E o goleiro revelou que, além de sonhar em vestir a Amarelinha, também deseja cravar uma vaga na Copa do Mundo.

“A Copa do Mundo é um sonho. Claro que acredito que meu trabalho aqui no Corinthians vai me deixar mais próximo da seleção. Aqui tudo é relevante, não é qualquer um que chega e faz história. Acho que tudo isso tem que ser levado em conta. Tenho que continuar trabalhando e me empenhando, para que eu possa realizar esse sonho de estar em uma Copa do Mundo. Acredito que eu sendo melhor do que eu mesmo a cada dia que passa, se Deus quiser vou estar lá.”


Veja outras respostas de Hugo Souza em coletiva pelo Corinthians:

Pênalti defendido na final do Paulistão:

“Na verdade, eu tentei ficar o mais concentrado possível, para me isolar da confusão que estava com arbitragem. Para que eu pudesse me concentrar. No pênalti, eu me sinto tranquilo, justamente porque quero respirar e lembrar daquilo que eu estudei. Então foi isso que eu fiz. Fui feliz em acertar o canto. Quero agradecer o Marcelo e Luisão, treinadores de goleiros, porque a gente passa… todos os jogos a gente vê vídeo, estuda o adversário. Mas, para esse jogo em especial, a gente ficou boa parte da tarde estudando situação de pênalti e o Veiga era um cara muito difícil de estudar. Então, tenho que agradecer ao Marcelo e pessoal da análise por me ajudarem e fui feliz ali.”

“Sabia exatamente o que eu tinha que fazer, independente de quem fosse bater, Estêvão ou (Raphael) Veiga. Eu estava muito concentrado. Lembrei de tudo o que estudei. O Veiga é adversário, mas temos que ser justos, é um especialista em cobrança de pênalti. Acho que tem mais que 85% de acerto em cobranças de pênaltis, é um cara que bate pênalti dos dois lados, no meio. Foi o cara mais difícil que estudei na minha carreira para defender. E quando ele pegou na bola, tinha receio do que fazer, mas deu certo, fui feliz, fiz a defesa e fomos campeões. Não poderia imaginar um roteiro melhor do que esse. Está feito e está na história. Ganhar deles é a melhor coisa que tem. 4 jogos e 2 empates e 2 vitórias contra eles. No Flamengo, também não tinha perdido contra eles. Espero continuar tendo essa sorte.”

Félix Torres já fez o ‘Pix’ pelo pênalti defendido?

“Ainda não fez, não (o Pix). Se ele vier por aqui, vocês podem mandar ele fazer. A primeira coisa que vou fazer quando vê-lo é cobrar o Pix dele (risos).”

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E o pix do Félix Torres? Hugo Souza brinca sobre zagueiro em entrevista coletiva: ‘Primeira coisa que vou fazer…’

Goleiro do Corinthians foi o herói da final contra o Palmeiras na última quinta-feira (27)

Sinalizadores em campo na final do Paulistão

“Eu estava muito concentrado no jogo. E logo em seguida do pênalti, não estava pensando em comemorar, só estava pensando em marcar o escanteio logo para não tomarmos o gol em sequência. Queria muito vencer. O juiz estava postergando, acho que deu 10 de acréscimos. Então estava concentrado, qualquer coisa poderia acontecer. Comecei a ver aquelas luzes, o estádio todo mundo com sinalizador, aquela loucura. Só passava pela minha cabeça: ‘isso tem que acabar logo, preciso comemorar com essa torcida’. Sem me preocupar em tomar gol. Não tem nada que explique melhor a nossa torcida o que aconteceu na quinta-feira. Recorde de público. Então, a fase que passava pela minha cabeça era essa: ‘isso aqui é Corinthians’.”

Ambição para se tornar ídolo do Corinthians

“Desde o primeiro dia que cheguei aqui, na minha visão, sempre lutei no futebol para fazer história. O Corinthians me deu a oportunidade de vestir essa camisa e cheguei aqui para fazer história. Respeitando a história de todos os que passaram aqui, dos grandes goleiros que o clube teve, e eu quero só construir a minha história. O título só me dá mais ambição, porque graças a Deus tive a oportunidade de vencer na minha carreira, outros títulos, mas o que vivi na quinta-feira foi algo extraordinário. Quero viver isso quantas vezes eu puder, quantas vezes der, porque vencer com essa camisa é algo sobrenatural. Não consigo explicar a sensação que senti naquele momento. Sou ambicioso e quero continuar fazendo minha história, para que um dia, se Deus quiser, me colocar nessa prateleira aí.”

Até onde o Corinthians pode chegar no Brasileirão?

“A necessidade ano passado não era (vaga na) Copa do Brasil e Libertadores, era não cair. Mas a gente conquistou as duas pela qualidade da nossa equipe. Nessa sequência que a gente teve no final do ano passado, também nesse começo de temporada, a gente tem conseguido demonstrar o que somos capazes de fazer dentro do campo. Ano passado, enfrentamos várias equipes do Brasileirão de muita qualidade e conseguimos ser protagonistas, sendo em casa ou fora. É só acharmos esse caminho, a gente já está achando. É um time cada vez mais fechado, cada vez mais entendido daquilo que o treinador pede, isso torna nossa vida mais fácil dentro de campo, porque qualidade a gente tem muita. Do gol ao ataque, elenco de alto nível. Isso se vê pela seleção do Paulista agora, pelos prêmios do Brasileirão do ano passado, então temos elenco de qualidade. Tirando o melhor de cada um, a gente consegue ir muito longe, óbvio que nosso objetivo é o título, porque nós somos o Corinthians, qualquer competição que a gente entra, a gente pensa em título. Pensar lá na frente, para que a gente possa brigar lá em cima.”

Próximos jogos do Corinthians:

www.espn.com.br – FUTEBOL

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