Data e Hora
Domingo, 04/Maio/2025

Hipocrisia em evidência: Vereador critica atestados médicos, mas tenta justificar próprias faltas com atestado

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Na primeira sessão ordinária do ano, um discurso do vereador Bambam chamou a atenção e gerou questionamentos. Durante sua fala na tribuna, o parlamentar criticou o alto número de atestados médicos emitidos em uma grande empresa de Matupá, alegando que a população estaria “abusando” do recurso. Segundo ele, mais de 600 atestados são apresentados por mês.

 

A declaração levanta uma série de questionamentos. Qual a base para esse dado? O vereador tem acesso a algum estudo que comprove essa afirmação? Quais seriam os CIDs (Classificação Internacional de Doenças) mais recorrentes nesses atestados? Além disso, a colocação sugere uma dúvida sobre a conduta dos médicos que assinam esses documentos. Estaria o vereador questionando a ética dos profissionais de saúde?

Recebemos inclusive o contato de profissionais médicos que questionaram a fala do vereador, ressaltando que os atestados emitidos seguem rigorosos critérios de saúde e ética profissional. Essas manifestações reforçam a necessidade de mais embasamento antes de se fazer acusações generalizadas.

A situação se torna ainda mais contraditória ao se observar o histórico recente do próprio vereador. Bambam faltou a três sessões extraordinárias e, por conta disso, perdeu parte de sua verba indenizatória. Para justificar suas ausências, apresentou atestado médico. A pergunta que fica é: se para a população a emissão de atestados médicos é questionável, por que o mesmo critério não se aplica a ele mesmo?

A contradição exposta na tribuna reforça um dilema frequente na política: a distância entre discurso e prática. O vereador, que tem entre suas atribuições a fiscalização dos serviços públicos, acompanhar se há demora ou negligência no atendimento de saúde e a falta de especialidades médicas, mas, ao levantar questionamentos sobre o uso de atestados pela população, ele está defendendo os trabalhadores ou se alinhando ao empresariado?

A população merece respostas. Se há abuso na emissão de atestados, isso deve ser tratado com responsabilidade e transparência, embasado em dados concretos. Mas é preciso coerência: quem ocupa um cargo público e recebe o salário do povo deve seguir os mesmos padrões de responsabilidade que exige dos cidadãos.

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