Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), prévia ao jogo contra o Brighton, neste sábado (15), com transmissão pelo Disney+, o técnico do Manchester City, Josep Guardiola, respondeu as recentes críticas feitas pelo ex-treinador Fabio Capello.
Em conversa com o jornal El Mundo, o italiano admitiu que nunca teve boa relação com Pep desde o tempo em que o comandou como jogador, na Roma, e detonou Guardiola ter “inovado nos momentos errados” nos últimos anos, o que teria “custado muitos títulos” de Uefa Champions League.
Questionado nesta sexta se havia lido as palavras de Capello, o catalão disse que sim e respondeu o lendário ex-técnico.
No entanto, o comandante dos Citizens preferiu manter um tom leve e até mandou um abraço ao desafeto.
“Eu escuto tudo o que as pessoas dizem sobre mim… Tudo” Então, tomem cuidado!”, brincou.
“Não é a primeira vez que o Sr. Fabio Capello diz isso. Eu não sou bom o suficiente para ganhar no futebol italiano…”, disparou.
“Um grande abraço para Fabio, um grande abraço!”, complementou, com altas doses de ironia.
Na entrevista ao El Mundo, Capello usou palavras fortes e falou até em “arrogância” de Guardiola nas derrotas do City em jogos de Liga dos Campeões.
“A Champions que ele ganhou com o City foi a única em que não tentou nada estranho nas partidas decisivas. Mas nos outros anos, tanto em Manchester quanto em Munique, ele sempre quis ser o protagonista. Mudava coisas, inventava para poder dizer: ‘Não ganham os jogadores, ganho eu'”, detonou.
“Essa arrogância custou várias Champions a ele. Eu o respeito, mas isso é muito claro para mim”, completou.
Para o italiano, a influência do “estilo Pep” gerou consequências negativas, principalmente na Itália.
“Todo mundo passou 10 anos tentando copiá-lo, e isso destruiu o futebol italiano. Nosso futebol perdeu sua essência. Eu dizia: ‘Parem com isso, vocês não têm os jogadores do Guardiola!’. Criou-se a ideia absurda de que jogar bem era apenas ficar tocando a bola sem parar. Agora, até os goleiros precisam sair jogando. Um desastre e, pior, um tédio!”, reclamou.
“Espantaram muita gente do futebol, porque ninguém aguenta 90 minutos de passes laterais sem luta, sem correria”, finalizou.