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Governo Lula tem núcleo político “fraco” e “bajulador, diz Quaquá

Sem citar nomes, o vice-presidente do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, disse que o núcleo político do governo Lula 3 é composto por pessoas “frágeis” e “bajuladoras”.

Quaquá defendeu a ida da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, para a articulação política do governo após a reforma ministerial executada nesta semana com a saída da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“Ela [Gleisi] é uma pessoa que tem posição, tem estatura, defende o PT e não é daqueles que bajulam simplesmente o presidente Lula. Gostamos do Lula, mas achamos que  é preciso recompor o Ministério com pessoas que tenham condições de dialogar com o Lula, mostrar caminhos novos para o país e para o governo e tenha independência, não sejam só bajuladores, como nós temos hoje no núcleo central do governo”, afirmou Quaquá durante entrevista à revista Veja, nesta terça-feira (25).

“Aliás, o governo não tem núcleo central. É preciso que o governo comande o país a partir de núcleo político, mesmo divergindo, mesmo tendo posições antagônicas. O problema é que hoje o governo não tem posição”, continuou.

Como exemplo de um núcleo político forte, Quaquá citou os mandatos anteriores de Lula em que o governo tinha na sua composição nomes como os ex-ministros Luiz Gushiken (da secretaria de Comunicação), José Dirceu (Casa Civil) e o ex-presidente do PT e ex-deputado federal, José Genoino, todos citados em  escândalos.

Queda na popularidade de Lula

Ao comentar sobre a queda da popularidade de Lula, o vice-presidente do PT disse que a agenda do governo “está errada”. Segundo Quaquá, o governo não tem uma agenda clara de investimentos.

Quaquá ainda considerou positiva a entrada do marqueteiro Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação (Secom), mas disse que Palmeira “não pode inventar”.

“Agora, pelo menos, nós temos um ministro da Comunicação. Temos alguém que conhece do ofício e que é bom no que faz. Agora, ele não é o mago Merlin, ele também não pode inventar, ele tem que comunicar o que existe. O que existe é bom, mas eu tenho dito que precisamos criar coisas novas”, afirmou Quaquá.

“PT virou uma ONG”

Para o vice-presidente do PT, o governo Lula precisa “dialogar com o Brasil profundo”. Quaquá também criticou partidos de esquerda que ficam “bradando palavras de ordem” e se mobilizando em torno de pautas identitárias.

“O PT tem que voltar a ser de esquerda porque ele virou uma ONG que discute pautas de comportamento. Para mim, isso não é ser de esquerda”, destacou.

Apesar das críticas, Quaquá disse que aposta na reeleição de Lula e que o partido precisa se reinventar para aprender a viver quando não tiver mais a liderança de Lula.

República

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