Nesta quarta-feira (12), no Maracanã, o Flamengo largou na frente na final do Campeonato Carioca e venceu o Fluminense por 2 a 1. E apesar da vitória, o técnico Filipe Luís manteve os pés no chão.
Em coletiva logo após o primeiro jogo da decisão, Filipe lembrou da virada sofrida pelo Rubro-Negro para o Tricolor na final de 2023, quando ainda atuava nos gramados, e minimizou a vantagem construída.
O comandante do Flamengo ainda enalteceu as qualidades do time do Fluminense, entre eles o goleiro Fábio, e falou sobre a qualidade do estilo de jogo do rival, citando até mesmo o Real Madrid em uma das estratégias montadas pelo técnico Mano Menezes.
Sobre o
“Tem um adversário muito qualificado pela frente, um time que há dois anos foi campeão da Libertadores, que perdeu algumas peças importantes, mas se reforçou bem. Tem um treinador (Mano Menezes) que estava na seleção brasileira, tem um goleiro (Fábio) que, sinceramente, é impressionante, cada vez que eu o vejo jogar, acho que é o melhor ou um dos melhores goleiros do Brasil. É um time muito forte, então mais mérito ainda para o nosso jogo. Lição do que pode acontecer, isso é super normal no futebol você no final do jogo, ganhando de 2 a 0, você baixe um pouco o bloco, mesmo assim tentamos jogar, tentamos continuar construindo. O Fluminense tem qualidade e acabou a chance para fazer gol e alguns escanteios no final que nos deixaram com esse sabor amargo. Foi uma grande vitória, que nos dá uma leve vantagem para o jogo de volta, mas que, sabendo como é clássico e o que eu vivi aqui em 2023, eu não subestimo nunca o Fluminense. O Fluminense tem um time importante, temos que respeitar para sermos campeões”, disse.
“Não muda absolutamente nada para mim, como treinador, ter essa vantagem. Eu vou preparar para vencer o Fluminense no segundo jogo, depois o adversário também joga. É verdade que no primeiro tempo aceleramos, mas tivemos várias ocasiões para criar chances de gols, onde não se materializavam, os passes entravam entre linhas, a gente recebia condições de gerar vantagem, mas não estávamos finos, acabamos acelerando algumas jogadas, querendo fazer o último passe muitas vezes e acabamos cedendo o controle ao adversário”, prosseguiu.
“O controle não quer dizer que o adversário tenha criado chances de gol, no primeiro tempo eu não lembro se teve alguma chance clara (para o Fluminense). Uma coisa é o adversário ter a bola, ter o controle do jogo, porque eles (Fluminense) até mesmo baixam muitos jogadores para jogar, o Real Madrid faz isso também, baixa muito os jogadores, mas não tem tantos depois para criar chances. Você tem sempre que perceber o que está acontecendo no jogo, como estão entrando, criando, e depois dar soluções para os meus jogadores. Não é a parte mental, são momentos do jogo, e o nosso time no primeiro tempo não conseguiu voltar a ter o domínio, mas depois do intervalo conseguimos voltar a ser nós mesmos. Montar as estruturas, usar soluções que eles têm. Tudo natural do futebol. O Fluminense acabou fazendo o gol, e se tivesse sido ao contrário? Teria sido o mesmo resultado. 90 minutos têm que ser avaliados de uma forma inteira, 2 a 1 para a volta nos dá uma leve vantagem, mas que não muda absolutamente nada para mim, como treinador.”
Filipe também elogiou o plantel que tem em mãos no Flamengo e destacou a sua ambição em meio às recentes conquistas do Rubro-Negro.
“Dominamos a semifinal contra o Vasco nos dois jogos, mas não foram goleadas. E sempre se espera que o Flamengo goleie, e não é fácil o que esses jogadores estão fazendo. Esses jogadores estão fazendo um esforço muito grande, são muitos jogos sem perder, muitos jogos mantendo o nível de ambição altíssimo. Esse grupo tem muita fome, e o que mais me surpreende é isso, jogadores que ganharam tudo e são os que mais querem continuar conquistando”, finalizou.
No Fla-Flu, o Flamengo marcou com Wesley e Juninho, e nos minutos finais Keno descontou para o Fluminense, que segue vivo na decisão do estadual. O segundo jogo da final será no próximo domingo (16), mais uma vez no Maracanã.
