Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, estão confiantes no Plano Safra 2025 e no aumento da produção agrícola para incentivar a redução no preço dos alimentos. Eles participaram de uma reunião nesta quinta-feira (30) com representantes do Ministério da Fazenda para debater o assunto.
De acordo com Teixeira, o governo não vai adotar “medida heterodoxa” para controlar o aumento dos preços dos alimentos e haverá reunião semanal para acompanhar a produção da agricultura no país e no mundo.
“O governo não vai botar nenhuma medida heterodoxa em relação a alimentos no Brasil. Nossa preocupação é como aumentar a produção dos alimentos, tendo em vista que aumentou o consumo, e isso é muito bom”, disse Teixeira.
Teixeira ressaltou que as reuniões semanais serão para atender “preocupações do presidente Lula em relação a alimentação do povo, preço da cesta básica e produção de alimentos”.
Em seguida, o ministro Fávaro afirmou que novo Plano Safra será “estimulante” para os produtores, apesar da alta de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros, a Selic, para 13,25% ao ano nesta quarta-feira (29).
“A prioridade é que os Planos Safra sejam mais estimulantes aos produtores. Mesmo com a dificuldade com a alta da Selic, foi determinação do presidente Lula que a gente construa um novo Plano Safra para os médios e grandes produtores, mas também para os pequenos produtores. É um desafio, mas vamos trabalhar”, afirmou Fávaro a jornalistas.
Após uma reunião sobre os preços dos alimentos na quarta (29), Fávaro já havia mencionado que o governo estuda formas de tornar as taxas de juros do novo Plano Safra mais atrativas para os produtores rurais. A ideia é direcionar os recursos de forma estratégica, especialmente para culturas essenciais como arroz, feijão e hortifrutigranjeiros.
“Vamos fazer o direcionamento da taxa de juros […]. Em virtude da Selic alta, vamos ver o que é importante. Arroz, feijão, hortifrutis serem mais estimulados”, disse.
O ministro também destacou que o governo avalia a ampliação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) como uma alternativa para fortalecer o financiamento da agropecuária. “Vamos começar a discutir para que tenhamos um Plano Safra mais eficiente que estimule mais os produtores, mas que não pese tanto no orçamento”, disse.