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Ex-oficial de Assad, que provocou protestos, é preso na Síria

Atif Najib, o ex-oficial da ditadura da Síria, que provocou as revoltas populares de 2011 no país, foi detido na província costeira de Latakia, no âmbito da campanha contra membros do antigo regime de Bashar Al Assad, segundo informaram à Agência EFE nesta sexta-feira (31) fontes do novo governo e da imprensa síria.

“As forças de segurança prenderam Atif Najib nos arredores da província de Latakia, no noroeste da Síria”, afirmou a emissora de televisão estatal da síria, agora alinhada ao novo governo, informação confirmada à EFE por autoridades locais.

Najib, um primo de Assad que era chefe de inteligência na província de Deraa, no sul do país, ordenou a prisão em 2011 de um grupo de crianças por pintar palavras de ordem contra o regime nas paredes de sua escola, as quais foram torturadas durante sua detenção, uma ação que desencadeou os protestos que se tornaram o ponto de partida da revolução síria.

O chefe da Diretoria de Segurança Pública na província de Latakia, Mustafa Knefati, disse que o órgão, em cooperação com as forças militares, “conseguiu prender o general de brigada Atif Najib, que ocupava o cargo de chefe da Divisão de Segurança Política em Deraa”, relatou o jornal sírio Al Watan.

O jornal acrescentou que essa prisão é “um passo em direção à justiça e à responsabilização de todos aqueles que cometeram crimes contra pessoas inocentes, e que o sofrimento dessas crianças é um testemunho vivo da brutalidade da tirania e da necessidade de lutar por dignidade e liberdade”.

Najib nasceu na cidade litorânea de Jable e se formou na escola militar antes de entrar para o serviço de inteligência, onde ocupou vários cargos, inclusive o de chefe da Divisão de Segurança Política em Deraa.

Quando ordenou a detenção das crianças, autoridades sírias e familiares foram mediar a libertação delas, mas foram recebidos com insultos e rejeição, e ele teria dito “Esqueçam seus filhos”, de acordo com a imprensa síria, comportamento que foi um dos gatilhos para os protestos em Deraa.

As revoltas populares desencadeadas em 2011 foram duramente reprimidas pelo regime de Assad e levaram a um conflito que durou quase 14 anos, até 8 de dezembro de 2024, quando seu governo foi derrubado por uma ofensiva liderada pelo novo presidente de transição do país, Ahmed Al Sharaa.

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