O enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Richard Grenell, planeja se reunir na Venezuela nesta sexta-feira (31) com o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, que foi empossado ilegitimamente para um terceiro mandato de seis anos no país sul-americano, segundo antecipou a emissora CNN.
Após a divulgação da notícia, o ministro das Comunicações da Venezuela, Freddy Ñáñez, confirmou que Grenell se reunirá com Maduro em Caracas, apesar de o governo americano reconhecer o líder opositor Edmundo González Urrutia como o “presidente eleito” da nação.
“Super confirmado”, escreveu Ñáñez no Telegram, onde compartilhou uma mensagem da jornalista Karen Méndez, que explicou que fontes do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela informaram que Grenell “solicitou uma audiência formal” com Maduro.
“A audiência foi aceita e foi informado que o presidente Maduro proporá uma ‘agenda zero’”, acrescentou Méndez.
Sobre a visita, o congressista republicano Rick Scott destacou nesta sexta-feira nas redes sociais que espera que o enviado de Trump para missões especiais exija o retorno dos americanos “sequestrados” no país sul-americano.
Ao todo, oito americanos estão detidos na Venezuela, a maioria deles desde 2024.
Scott também disse que espera que o regime de Maduro “leve de volta os bandidos e membros de gangues” que estão nos EUA.
O congressista da Flórida também declarou que espera que Grenell encontre “um novo país” onde se possa “realocar” Maduro, o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, e “qualquer outra pessoa envolvida nesse regime de bandidos”.
A organização de exilados Independent Venezuelan American Citizens, com sede em Miami, identificou os americanos “sequestrados” na Venezuela como Gregory David Werber, David Guttenberg Guillarme, Aaron Barrett Logan, Jonathan Pagán González, Wilbert Joseph Castaño, David Estrella, José Marcelo Vargas e Lucas Hunter (franco-americano).
Após a divulgação da notícia, o enviado especial do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mauricio Claver-Carone, confirmou a reunião de Richard Grenell com Maduro, mas garantiu que o encontro não é uma negociação, e sim a transmissão de uma mensagem direta do presidente Trump para que o ditador Maduro de volto os membros da facção criminosa Tren de Aragua que forem deportados dos Estados Unidos e a libertação dos cidadãos norte-americanos presos na Venezuela.
Ele também garantiu que essa reunião não altera em nada o reconhecimento do governo dos Estados Unidos a Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.