Data e Hora

Educação Popular é destaque em curso de Formação de Educadoras e Educadores — Agência Gov

Apresentação e discussão do Projeto Pedagógico das Oficinas foram realizadas de 18 a 20/02, em Passo Fundo (RS)

Entre os dias 18 e 20/02, foi realizado em Passo Fundo (RS) o Curso de Formação de Educadoras e Educadores do Projeto Participa+. Essa é a quinta etapa do projeto, que é desenvolvido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em parceria com o Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

Na ocasião, a equipe de educadoras e educadores populares, que realizarão as Oficinas de Formação para o Controle Social no SUS na próxima edição, foram acolhidos por Sueli Barrios, coordenadora da Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social do SUS (CIEPCSS), do CNS, e Valdevir Both, coordenador-executivo do Ceap.

Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap

A avaliação positiva dos impactos deste projeto aumenta a responsabilidade do Ceap, como entidade executora das atividades. Neste sentido, vem sendo desenvolvido este processo formativo, que está na quinta etapa e agora avança nos encaminhamentos metodológicos para realização das oficinas. “Estamos abordando alguns temas nessa etapa que dialogam principalmente com o objetivo de qualificar a nossa trilha pedagógica das 100 oficinas que prevemos realizar em 2025, no Projeto Participa+”, afirma Valdevir Both, coordenador-executivo do Ceap.

De acordo com a educadora popular do Ceap, Nara Peruzzo, a atividade é importante para abordagem de temas, discussão e sugestões que podem ser aplicadas metodologicamente nas oficinas. “A formação discute os temas que a gente vai trabalhar nas oficinas, mas numa perspectiva de formação para as novas educadoras e educadores”, disse.

O primeiro tema abordado na Formação foram os “Fundamentos da Educação Popular e seus desafios atuais”. A partir de uma retomada histórica da educação popular, especialmente na América Latina, o educador popular Luiz Marine Nascimento mediou o debate sobre os desafios no contexto atual e os elementos fundamentais que educadoras e educadores populares precisam considerar no processo de formação para o controle social.

Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap
Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap

Grupos de Trabalho

Posteriormente foram realizadas reflexões sobre os Grupos de Trabalho (GTs) que foram criados nesta edição do Participa+, como o GT de Avaliação e Impacto, onde foi apresentado o que já foi desenvolvido e discutido pelo grupo. “A socialização do que foi produzido pelos GTs com os educadores e a discussão é fundamental porque o acúmulo desses GTs, em cada um dos seus temas, vai repercutir na elaboração das trilhas pedagógicas e também na preparação e na execução das oficinas”, destacou o diretor-geral do Ceap, Henrique Kujawa.

O GT de Avaliação Qualitativa contou com a mediação de Irio Conti, que explicou que o objetivo do grupo foi de produzir o subsídio teórico-metodológico para facilitar os processos de avaliação no âmbito da formação, especialmente para o controle social das políticas públicas de saúde. “Apresentei os principais resultados e o que me chamou a atenção foi a boa receptividade por parte das educadoras e educadores, e eu diria mais, uma espécie de sede de incorporação de um conjunto de elementos que possam ampliar tanto a visão, como as ferramentas para a realização de avaliações nos processos de formação. A partir do debate gerado neste grupo, no âmbito do processo de formação, já está havendo a incorporação de uma cultura de avaliação. Isso é um aspecto fundamental e é um desejo forte também do próprio Conselho Nacional de Saúde”, pontuou.

Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap
Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap

Também foi abordada a Formação Virtual e as Oficinas do Participa+, contando com a assessoria do GT Formação Virtual para o SUS e a mediação de Jonas Valente. “A atividade foi muito importante para que a gente pudesse compartilhar o trabalho, para reunir movimentos sociais, pesquisadores, educadores populares para pensar os desafios do uso de tecnologias e plataformas digitais na formação popular, o que nos ajuda a compreender quais são os entendimentos, quais são as dúvidas e os desafios, e isso certamente contribui para que a gente possa trazer essa partilha para o documento que a gente está construindo em relação a isso”, disse Valente.

As ações do “GT Rosângela Berman: Compromisso anticapacitista em Processos Formativos do Controle Social no SUS”, sob a mediação da educadora popular Vitória Bernardes, explicou a importância e a diferença entre oferecer uma formação com acessibilidade e uma formação anticapacitista. “Acessibilidade é apenas uma dimensão, garantir que tem uma rampa, que tem intérprete de libras, não garante que realmente a rampa seja adequada ou que a tua voz vai ser ouvida nos processos. Então é muito mais a questão da participação, tendo a acessibilidade como uma das formas para garantir a participação, mas não a única. A gente precisa, enquanto pessoas com deficiência, enquanto mulheres com deficiência, nos ver representadas no conteúdo, nos ver representados nos educadores populares, precisamos ver que a nossa existência não é apagada, não é desconsiderada, que a nossa voz importa, então a luta anticapacitista é justamente para reafirmar que nos reconheçam como somos, sujeitos de direito”, destacou.

Nessa etapa do Curso também foi socializada a Proposta Pedagógica das Oficinas do Participa+, onde os educadores foram divididos em cinco grupos para que pudessem validar e sugerir metodologias de desenvolvimento das oficinas, discutir, incluir e excluir temas das ementas, além de indicar autores, atualizando a bibliografia de aprofundamento dos conteúdos. “O que é importante nisso tudo é exatamente que a proposta das oficinas seja feita com a equipe, com todos os educadores e educadoras a partir das avaliações que foram realizadas em 2024 no Participa+. Então, a partir delas é que a gente está problematizando, está se tensionando positivamente, no sentido das grandes questões e temas e construindo a proposta que deve estar logo finalizada, para a gente discutir exatamente os grandes temas que têm a ver com o direito à saúde pública no Brasil”, disse Valdevir.

Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap
Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap

Participa+ no ano de 2025

O Curso de Formação de Educadoras e Educadores contará ainda com pelo menos duas etapas, sendo uma presencial no mês de abril em que a temática será voltada para exercícios das oficinas e uma formação online em ferramentas virtuais. “Depois dessas duas etapas nós teremos alguns temas permanentes, como, por exemplo, o tema do subsistema da saúde indígena e o tema da relação saúde e clima, aquecimento global, que são alguns temas de formação permanente”, disse Both.

Ainda de acordo com Both, o calendário de inscrições das oficinas do Projeto Participa+ devem abrir no próximo período. “A previsão é iniciar em meados de abril e seguir até final de outubro. Então é nesse período que estão sendo pensadas em torno de 100 oficinas em todo o país, abrangendo todos os estados”, finalizou.

O Projeto Participa+ é organizado pela Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social no SUS/ CNS.

 

Agência Gov

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