Dono do Manchester United desde 2024, Jim Ratcliffe ameaçou deixar o clube caso sofra pressão exagerada dos torcedores a ponto de afetar sua família.
Em entrevista ao jornal The Times, o bilionário inglês garantiu estar ciente de que vai receber críticas, mas fez questão de deixar claro que não vai sofrer os mesmos ”abusos” das gestões anteriores.
”Não me importo de ser impopular porque entendo que ninguém gosta de ver o Manchester United como está e nem das decisões que estamos tendo que tomar no momento. Se eu atrair um pouco da ira, posso suportar. Mas não sou diferente da pessoa média. (Essa pressão) Não é legal, principalmente para amigos e familiares”, começou por afirmar.
”Então, eventualmente, se chegar ao ponto que a família Glazer foi abusada, eu terei que dizer ‘chega, rapazes, deixem outra pessoa fazer isso”’, completou.
Em fevereiro de 2024, Jim Ratcliffe comprou 25% do Manchester United, dando fim ao controle da família Glazer, que comandava o clube há quase 20 anos.
”Os Glazers não podem vir para uma partida. Eles recuaram um pouco para as sombras agora, então estou levando toda a bronca. Nós compramos, e eu não os vi desde então. É só ‘obrigado, Jim, você está fazendo um ótimo trabalho’. No momento, não tenho segurança, não preciso andar por aí desse jeito. Mas isso acabaria com o propósito, não é? Não conseguiria tolerar isso naquele nível, simplesmente não seria divertido”, disse Ratcliffe.
Logo no início de sua gestão, porém, o bilionário entrou em polêmicas, principalmente depois de ter demitido mais de 200 funcionários como parte de suas contínuas medidas de redução de custos.
O mandatário ainda entrou em rota de colisão com os jogadores após ter feito duras críticas a atletas como Antony, hoje no Real Bétis, e Casemiro, ex-seleção brasileira, os chamando de “coisas do passado” que foram herdadas pela sua gestão, e que não deram o resultado esperado nos Red Devils.