De acordo com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), fatores como a estiagem prolongada e a alta nos preços das carnes, influenciada pelo ciclo do boi, pressionaram a inflação dos alimentos. Haddad afirmou que a queda do dólar de R$ 6,10 para R$ 5,80 ajuda a controlar a inflação dos alimentos.
“Com ação do Banco Central e com a ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso, certamente, para favorecer. E eu estou muito confiante de que a safra desse ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro, vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”, disse a jornalistas mais cedo.
A inflação dos alimentos tem sido uma preocupação constante para o governo desde o ano passado, com pesquisas apontando que a alta nos supermercados afetava negativamente a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por conta disso, Lula deu um puxão de orelha nos ministros para encontrarem soluções para reduzir os preços, o que acabou gerando uma nova crise com a expectativa de se adotarem medidas drásticas, como intervenção e até mesmo fiscalização.
No entanto, após reuniões com a equipe econômica, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) descartaram medidas extraordinárias para conter os aumentos.
Fávaro defendeu que o Plano Safra pode ser ajustado para ampliar a oferta de produtos e citou a possibilidade de redução nas taxas de juros do programa.
“Não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravata, não colocarei cota, nem helicóptero para ver fazenda, nada que leve ao surgimento de mercado paralelo”, pontuou o presidente Lula na semana passada.
Também disse que estuda uma política de aumento de crédito para pequenos e médios produtores aumentarem a produção, e que virá uma “bomba” boa de recursos.