Técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) constataram que não houve contaminação da carne de ostras e mexilhões por ficotoxinas, substâncias produzidas por diversas microalgas que podem causar sérios agravos de saúde pela ingestão de moluscos bivalves contaminados.
O trabalho de inspeção foi realizado após o surgimento de uma mancha vermelha no mar do litoral norte de São Paulo, técnicos CDA realizaram durante dois dias coletas de material para análises laboratoriais nos cultivos de moluscos bivalves do litoral norte e sul do estado.
A ação é parte do monitoramento de rotina executado em cumprimento ao Plano Estadual de Monitoramento de Moluscos Bivalves (PEMMOBI). Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (11).
“Com as análises, foi confirmado que a mancha vermelha observada no litoral norte não se tratava de alteração provocada pela presença de algas tóxicas, conforme informações divulgadas anteriormente pelo Grupo Interinstitucional para gestão integrada de riscos associados a florações de microalgas tóxicas, do qual a CDA faz parte em conjunto com as Secretarias de Saúde e Meio Ambiente”, disse Ieda Blanco, médica-veterinária, gerente do Programa Estadual de Sanidade dos Animais Aquáticos (PESAAq) e coordenadora do Pemmobi.
Contaminação e cuidados
Durante o trabalho também houve a coleta de material para quantificação microbiológica, tendo sido detectada contaminação bacteriana em algumas áreas, porém a intoxicação pode ser eliminada por tratamento térmico ou limpeza em estabelecimentos inspecionados.
“Recomendamos à população que sempre verifique a origem das ostras e mexilhões, principalmente para consumo in natura, e lembramos que o mapa com as condições de cada área de cultivo de São Paulo é constantemente atualizado e disponibilizado para consulta pública em nossa página”, acrescenta Ieda.