Data e Hora

Danilo abre o jogo sobre drama que viveu no Real Madrid

Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, o lateral/zagueiro Danilo, hoje no Flamengo, abriu o jogo sobre o período complicado que viveu no Real Madrid, entre 2015 e 2017.

O brasileiro foi contratado pelos merengues por 31,5 milhões de euros e assinou contrato de seis temporadas com o gigante espanhol após se destacar com as camisas de Santos e Porto.

Durante seu período na Espanha, o atleta ganhou vários grandes títulos, como duas Champions, um Mundial de Clubes e uma LALIGA, disputando 56 partidas e marcando três gols.

No entanto, Danilo revelou que teve sérios problemas psicológicos com as críticas que recebia nas redes sociais, principalmente porque torcedores faziam questão de ressaltar o alto investimento feito pelos blancos para contratá-lo.

“Por mais que a gente diga que não liga para essas coisas [críticas nas redes sociais], somos seres humanos. Você não consegue ficar alheio. Eu não sou viciado em redes sociais, não fico preso. No entanto, a gente quer ser aceito pelas pessoas, é da nossa natureza querer receber elogios. Ninguém quer ser criticado”, afirmou.

“Não importa o quanto você estude o tema, o quanto você se preocupa com sua saúde mental, o quanto você é maduro… Você quer ser aceito. E as redes sociais são um ambiente tóxico, em todos os sentidos”, seguiu.

“O Real Madrid foi o auge desse problema para mim, porque é o maior clube do mundo. Eu sofri a ponto de precisar procurar ajuda psicológica. Houve momentos em que parecia que eu não lembrava mais como jogar futebol”, relatou.

“As críticas realmente me machucava. Eu virei um refém completo das críticas, das redes sociais, de tudo… Foi quando eu comecei a me tratar com psicólogos do esporte”, contou.

Em julho de 2017, Danilo acabou deixando o Real Madrid ao ser contratado pelo Manchester City a pedido do técnico Pep Guardiola.

De acordo com o atleta, o treinador espanhol acabou sendo uma espécie de salvador, já que o “reeducou” a jogar futebol, em uma espécie de “lavagem cerebral” positiva.

“O Guardiola educa os jogadores. Essa é a coisa mais importante do trabalho dele. Ele faz todos os atletas a pensarem o futebol da mesma maneira: tempo, espaço, movimento, posse, cuidar da bola”, explicou.

“Ele te faz entender os espaços do campo como nenhum outro técnico consegue, e ele vive o futebol de uma maneira emocional que nenhum outro treinador vive. Eu sofri uma ‘lavagem cerebral’ dele, mas no bom sentido”, brincou.

“Foi como se eu estivesse na faculdade. O que eu vivi com ele me permitiu subir meu nível e mantê-lo até os dias de hoje. Não quer dizer que eu era um idiota antes de chegar ao City, mas eu me dei conta de que joguei da forma errada a vida inteira”, argumentou.

“Se eu tivesse trabalhado com ele antes, minha vida teria sido muito mais fácil. Sou muito grato por ter sido comandado por ele e por tudo o que aprendi dele”, finalizou.

Danilo jogou no City até 2019, ganhando duas Premier Leagues, uma FA Cup e duas Copas da Liga Inglesa.

www.espn.com.br – FUTEBOL

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