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Churrasco, frutos do mar e vinho? Saiba como harmonizar pratos

O Sul do Brasil é agraciado com alguns elementos que influenciam suas tradições gastronômicas. Aqui, os sabores têm relação direta com os ventos frios e com as labaredas do fogo lento. Além da carne, a região também faz bonito com frutos do mar e ingredientes frescos.

Pude provar todos estes aromas e sabores especiais na temporada CNN Viagem & Gastronomia: Sabores do Brasil, que, depois da prazerosa jornada por todas as outras grandes regiões do país, finalmente culminou no Sul.

Para mostrar um pouquinho do que o Rio Grande do Sul nos oferece à mesa, minha visita em Bento Gonçalves começou com a junção do melhor de dois mundos: churrasco e vinho. Além das taças estarem cheias com as melhores uvas e safras do estado, o fogo de chão apareceu para jogar ainda mais luz à tradição gaúcha de se preparar carne.

“Digo que o maior ingrediente é o fogo, porque ele nos acompanha desde muito tempo. Essa grande fonte de calor foi o nosso instrumento para cozinhar desde sempre”, conta o chef Enio Valli enquanto monitora as labaredas.

Com o fogo de chão pronto, chegou a hora de provar algumas criações do restaurante. À mesa, sentei-me com Lucia Porto, jornalista e sommeliere que ajudou a harmonizar alguns rótulos com os pratos que estavam por vir.

“O Brasil está há centenas de anos atrás de culturas do Velho Mundo. Então ainda estamos aprendendo a fazer muita coisa. Mas a cada ano ganhamos mais e mais prêmios nacionais e internacionais”, elucida a expert.

Para começar o banquete, Enio fez uma provocação. “No Guri começamos a refeição com uma lula da costa norte do Rio Grande do Sul para provocar o cliente a entender que também temos um grande litoral. Ela passa na parrilla e em cima trazemos um condimento andino indígena feito a base de pimenta, mas que suavizamos com tomate”, esclarece.

Na casa, temos a opção de escolher dois menus: o Confiança, de oito etapas, e o Sulista, de 14 etapas, ambos totalmente surpresa. Mas aqui vão alguns spoilers: depois da lula e de algumas empanadas, foi servido um cordeiro, carne que remete ao Pampa, o segundo menor bioma do país, ficando atrás apenas do Pantanal.

Para harmonizar, o chef serviu um vinho de linha própria, feito em parceria com vinícolas locais. O rótulo foi o “Borrego”, que leva as uvas Merlot e Teroldego, e que passa seis meses em um blend de barricas de carvalho americano. A safra? “É a de 2022, tida como a ‘safra das safras’ por alguns produtores”.

Para finalizar, o costelão de angus fechou com chave de ouro a refeição. Feito no fogo de chão, ele veio com cebola e tomatinho tostados e noz-pecã, comum na região.

Entre tantos vinhos, o saldo do almoço terminou com dois gaúchos especiais: o Pizzato DNA 99, um Merlot da colheita 2021 da Pizzato Vinhos, com aspecto vermelho escuro e aromas de frutas vermelhas e especiarias; e o Épico VIII, rótulo da Guatambu Vinhos, elaborado com Tannat, Cabernet Sauvignon, Tempranillo e Merlot das safras 2020, 2021 e 2022, com terroir da Campanha Gaúcha. Um brinde!

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Gastronomia – Receitas e Dicas Culinárias | CNN Brasil Soft

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